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Comissão Europeia aprova compra da Nokia pela Microsoft

A Comissão Europeia já deu luz verde ao negócio da Microsoft com a Nokia. Os reguladores europeus consideraram não haver entraves à compra da divisão de telemóveis da empresa finlandesa por parte da norte-americana.

Depois dos Estados Unidos ter dado permissão para a aquisição, finalmente a chega agora a resposta da União Europeia, que durante três meses avaliou o impacto da operação. O negócio deverá ser concluído já no próximo trimestre.

Segundo uma nota divulgada ao final da tarde de ontem, a comissão “concluiu que a transação não levanta preocupações ao nível da concorrência, em particular porque há apenas modestas sobreposições entre as atividades de ambas as partes”. Nessa mesma nota explica-se ainda as vertentes do negócio avaliadas pela CE, a vários níveis, nomeadamente no que se refere aos perigos de ambas as empresas adotarem políticas que limitem o acesso de terceiros às suas tecnologias.

De acordo com o comunicado, “ a sobreposição da atividade das duas companhias nesta área é mínima e muitos rivais fortes, como a Samsung e a Apple, vão continuar a concorrer com a entidade resultante da fusão”.

O regulador acredita que a Microsoft não vai restringir o uso do Windows Phone aos telemóveis Nokia e lembra que a quota de mercado desse sistema operativo é pequena. “ A Microsoft provavelmente precisa de continuar a depender de outros fornecedores de aparelhos para alargar a adoção por parte dos consumidores e atrair criadores de aplicações móveis”, explica a Comissão.

A falta de representatividade da Microsoft no mercado móvel levou a CE a considerar pouco prováveis práticas da empresa que limitassem o acesso ao sistema operativo móvel ou aplicações junto de terceiros.

Mas o regulador diz estar atento ao licenciamento de patentes pela Nokia à multinacional norte-americana, notando que esta relação comercial não poderia ser avaliada no âmbito da decisão que foi agora tornada pública. A compra também já tinha sido aprovada pelos reguladores da Turquia, Israel, Índia e Rússia.

Relativamente à interoperabilidade, no que se refere, por exemplo, ao Microsoft Exchange, também não foram identificados grandes riscos.

Cátia Colaço

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