Como sempre, a IBM fez-se munir de alguns clientes para testemunharem o real impacto que as Tecnologias de Informação têm nos negócios. O Pulse 2014 não foi exceção. Para este evento, a IBM trouxe, entre outros, a Continental Automotive Systems. Brian Droessler, vice-presidente de software e soluções de conetividade desta empresa norte-americana, veio explicar o quanto está a cloud a impactar a indústria automóvel. “Está a redefinir a forma como os construtores estão a desenhar os seus veículos e como os consumidores vão interagir com esse mesmo veículo”, disse Brian Droessler à audiência.
Aliás, segundo este responsável, cloud, serviços e tecnologias de conetividade deverão gerar mais de 600 milhões de dólares nesta indústria até 2025. E se antes o automóvel era comprado e não seria passível de atualização, a coisa pode muito bem deixar de ser assim. Brian Droessler garante que também os veículos vão passar ter direito a atualizações, tudo potenciado pelo cloud computing. “Vai passar a ser mais um aparelho móvel conectado. Também o carro deixa de estar isolado, passa a estar ligado à cloud”. Mas as coisas não vão ficar por aqui, diz Brian Droessler. Há todo um sistema de transportes inteligente que move pessoas e bens que se vão transformar no futuro da mobilidade. “Vemos isto como parte de todo um ecossistema, parte da ‘internet of things’. A IBM e a Continental estão a trabalhar em conjunto por forma a termos carros mais seguros, mais confortáveis e mais eficientes”.
Brian Droessler diz que todos os cenários só podem ser possíveis se viabilizados pela computação em nuvem. “A cloud irá transformar como traremos novos recursos e funções aos veículos. Os automóveis vão passar a transmitir dados em tempo real, a enviar e a receber. Os carros vão comunicar entre si, tornando tudo mais seguro”. Mas para isso, diz este responsável, temos de endereçar a necessidade de ter melhores e mais fiáveis comunicações.
Mas isto ainda vai demorar algum tempo, diz Droessler. “No entanto, é uma viagem. Todos os passos que dermos vão revelando novos recursos que, devido às tecnologias cloud, vão alterar a nossa forma de estar.
E também por causa das tecnologias cloud os desenvolvedores vão mais facilmente desenvolver aplicações que podem enviar aos veículos. “Longe estará o tempo em que os carros eram um grande pedaço de metal que não podia sofrer alterações durante o seu ciclo de vida”.
Exemplo disso é o que a Continental denomina de “horizonte eletrónico”, a ideia de dar ao veículo a “consciência” do que é a estrada. “Claro que hoje temos câmaras, sensores de radar, de laser que podem criar uma imagem do veículo uns metros ao seu redor. Mas se ligarmos isso à cloud, se colocarmos todos esses dados na nuvem, passamos a saber o que se passa quilómetros ao redor do veículo. Acidentes de tráfego, estradas fechadas, condições climatéricas adversas, a geometria da estrada… Podemos tomar decisões mediante essa informação, mediante esses dados”.
Por outro lado, Droessler explorou ainda na sua apresentação que a computação em nuvem veio reinventar a forma como os consumidores recebem as aplicações no seu automóvel. A nuvem passa a ser como uma loja de aplicações do seu veículo. “São tempos fascinantes para a indústria automóvel”.
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