Clientes Infor vão migrando progressivamente para a nuvem
Em termos globais, o negócio cloud já vale metade das receitas globais da norte-americana Infor. Mas… e em Portugal? A country manager Maria João Tavares diz que, em território luso, a empresa tem progressivamente vindo a trazer os clientes para as novas versões, atualizando muitas vezes de “on premise” para evolução para a cloud. “Tal como no resto do mundo, em Portugal avançamos para a cloud a um ritmo crescente tanto a nível de ERP como nas outras soluções estratégicas”.
A Infor esta numa fase altamente produtiva. E está a consolidar toda a estratégia definida, garante Maria João Tavares, a country manager para Portugal desta empresa norte-americana.
Este ano, a companhia liderada por Charles Phillips surpreendeu os jornalistas e analistas presentes no seu evento anual, em Nova Iorque, com uma série de novos lançamentos. Isto quando, o ano passado, as novidades tinham sido escassas.
Mas este ano não, como de resto a “B!T” teve a oportunidade de noticiar. Porque houve de tudo um pouco. Entre outras, o denominado “Inforum” trouxe novidades na área da IoT, o lançamento do Infor CloudSuite Federal, a apresentação do Infor Data Migration Accelerators e do H&L Digital, uma nova divisão da empresa norte-americana que vem agora expandir a sua oferta digital “as a service” aos clientes. Esta divisão está no mercado há algum tempo, com projetos já reais, mas o anúncio só “oficializado” em julho passado.
“Este Inforum apresentou grandes evoluções tecnológicas que correspondem mais uma vez a soluções que decorrem da inovação apresentada em outros Inforuns. Obviamente que todas as novas soluções serão divulgadas no mercado nacional e penso que haverá uma abertura imediata para, por exemplo, o Infor Data Migration Accelerators”.
Este Infor Data Migration Accelerators a que Maria João Tavares se refere é basicamente um serviço capaz de acelerar a migração dos dados para a nuvem, através da Infor Services e em parceria com a BackOffice Associates.
Ou seja, foi concebido para ajudar os clientes a fazerem a transição segura de implantações instaladas “in loco” para a nuvem. E com facilidade, diz a empresa americana. Desta forma é suposto os clientes conseguirem minimizar os riscos da migração das implantações para cloud, enquanto colhem os benefícios de maior flexibilidade, agilidade e segurança robusta.
A Infor Services alinhou-se então com a BackOffice Associates para ajudar os clientes a gerir aquele que é já considerado um dos ativos mais críticos: os dados. Os Accelerators, alimentados pela BackOffice Associates, estão disponíveis através do Infor Services e inicialmente servirão três áreas de produtos: Infor M3, LN, S3 e gestão de ativos empresariais (EAM).
Aliás, a migração de dados é uma tarefa que preocupa cada vez mais os CIO, sendo que estas preocupações com a complexidade podem até “travar” que as empresas alcancem os benefícios de uma infraestrutura moderna e baseada em nuvem. Diz a Infor que como uma empresa de mentalidade “a nuvem em primeiro lugar”, a empresa reconhece a necessidade de os clientes fazerem a transição com risco mínimo de rutura e imprecisões para o vasto volume de dados envolvido.
Migração de dados é dor de cabeça dos CIO
“Migração de dados é uma das maiores preocupações que os CIO têm na tentativa de fazer a transição para uma infraestrutura moderna e baseada em cloud. Os CIO querem colher os benefícios da nuvem, mas preocupam-se com seus enormes volumes de dados. O Infor Data Migration Accelerators proporciona uma abordagem simples para identificar complexidades e traçar um curso para migração de dados precisa do início ao fim”, comentou Darren Saumur, vice-presidente sénior da Infor Services.
Aliás, este negócio toma particular relevância se tivermos em conta que o negócio cloud já vale metade das receitas globais deste provedor, bastante mais do que os seus mais diretos concorrentes SAP e Oracle.
Em Portugal vai-se migrando
Mas… e em Portugal? Maria João Tavares diz que progressivamente a empresa tem vindo a trazer os clientes para as novas versões, atualizando muitas vezes de “on premise” para evolução para a cloud. Sobretudo através de produtos como o Upgrade-X, que foi exatamente criado para levar o cliente para o ambiente cloud sem disrupções nos seus sistemas. “Tal como no resto do mundo, em Portugal avançamos para a cloud a um ritmo crescente tanto a nível de ERP como nas outras soluções estratégicas”, disse.
A executiva diz que os clientes consideram que a oferta Infor é, do ponto de vista de tecnologia, a empresa mais avançada, “que casa na perfeição uma plataforma tecnológica sem igual, com a capacidade de ter introduzido nas suas soluções a flexibilidade e a usabilidade que diferenciam a nossa oferta”.
Uma das “estratégias” defendidas pelo CEO Charles Phillips é que o facto de a empresa estar presente em várias indústrias e com múltiplas tecnologias é uma mais-valia e um foco de inovação. Uma “teoria” que muitos analistas contestam e assumem ser, ao invés, um foco de complexidade. Maria João Tavares diz que a prova de que o CEO tem razão é que, mesmo em Portugal, a Infor consegue satisfazer empresas tão distintas como uma empresa da área automóvel ou uma empresa do sector têxtil. “Não existe complexidade na nossa oferta: plataforma tecnológica poderosíssima, soluções empresarias de acordo com cada sector de mercado, e os nossos clientes escolhem-nos por estas razoes sem duvida”.
De resto, a executiva diz que a estrutura portuguesa da Infor está claramente a cumprir com os objetivos financeiros definidos pela corporação.