Para a Cisco, 2014 foi um ano de transição no qual continuaram a crescer e que, espera Laureano González, director-geral interino da Cisco Portugal, tenha servido de trampolim para um maior crescimento em 2015, já que o investimento tecnológico de empresas e Administração Pública está a ser reativado com a melhoria da economia nacional.
A nível económico, o mais importante, revela este gestor, é que o ano acabou com previsões de crescimento do PIB de 0,9% para 2014 e de 1,5% para 2015, de acordo com o Banco de Portugal; de 1,2% e 1,3% segundo o Fundo Monetário Internacional, a OCDE e a Comissão Europeia. “Acreditamos que esta previsão de crescimento terá a sua repercussão no setor de TI”. A nível tecnológico, o mais importante para a Cisco e seus parceiros durante 2014 foi, para Laureano González, o anúncio da Cisco Intercloud, a maior rede mundial de ambientes cloud interconectadas que facilitam às organizações o acesso às TI como serviço, independentemente do seu ambiente tecnológico. Em setembro, a empresa anunciou mais de 30 novos parceiros e 250 data centers em 50 países que se juntaram à iniciativa Cisco Intercloud, incluindo a Portugal Telecom.
O diretor interino da Cisco Portugal garante que a Cisco soube adaptar-se à situação de desinvestimento nas TI vivida durante 2014, preparando um plano de poupança de custos a nível internacional e investindo em áreas chave de crescimento, como data center, software, segurança e cloud. “Também nos adaptámos através da utilização eficiente da tecnologia, substituindo por exemplo as viagens de trabalho por reuniões virtuais através de videoconferência e telepresença. Desde que começamos a fazer reuniões virtuais (há cerca de sete anos), reduzimos as viagens de trabalho em 32%, o que corresponde a uma poupança estimada de 1.600 milhões de dólares e 600 milhões de dólares de melhoria de produtividade, evitando a emissão de quase 870 mil toneladas métricas de CO²”.
Entre as soluções e serviços, as que tiveram maior impacto no volume de negócios foram as arquiteturas de data center, graças à crescente procura dos servidores UCS – que têm já mais de 350 mil clientes à escala global –, “o que nos permitiu alcançar a primeira posição na infraestrutura para Cloud segundo a Synergy Research e a segunda posição mundial em servidores blade em termos de investimentos, de acordo com a IDC”.
Outra área com uma relevante importância foi a da segurança, “graças a uma proposta única para enfrentar ameaças persistentes e avançadas antes, durante e depois dos ataques”.
Por último, Laureano González referiu o wireless, “que demonstra a capacidade das redes sem fios para completar as redes celulares em cobertura e consumo de dados”.
Aliás, o responsável diz que em 2014 a empresa obteve um maior crescimento proveniente de soluções de software e serviços. “Desde logo, a Cisco pretende duplicar as receitas de software nos próximos quatro anos (atualmente representam 6 mil milhões de dólares), principalmente através do crescimento orgânico, mas também através de aquisições. Os serviços passariam a representar 25-30% das nossas receitas globais”. Aliás, um objetivo de crescimento em software e serviços que se situa no âmbito de uma estratégia global com a qual o gigante norte-americano pretende converter-se no primeiro fornecedor de TI à escala mundial. “Não abandonamos o hardware, mas antes o software e a inteligência que este leva às redes têm um papel mais importante”.
Hoje, a Cisco Portugal encontra-se num bom momento, garante Laureano González. “Somos uma empresa forte, com um equilíbrio financeiro saneado, sólidas relações com os clientes e número um ou número dois, por quota, de mercado em mais de 12 segmentos de mercado, como routing, switching, telepresença, voz, conferência web, segurança, infraestrutura para Cloud ou servidores. A nossa liderança em networking, vídeo, colaboração e Cloud, integrada numa abordagem através de arquiteturas, posiciona a Cisco como parceiro estratégico de negócio e com a estratégia correta para se converter na empresa de TI número um no mundo”.
Para 2015, o gestor admite que as organizações portuguesas precisam de adotar um novo modelo tecnológico menos complexo e mais ágil, rápido e seguro –que na Cisco denominam Fast IT – e que é o que lhes permitirá, garante, capturar parte dos 14,5 mil milhões de euros de potencial económico que a Internet of Everything (IoE) pode proporcionar a empresas e governos de todo o mundo até 2022 (dos quais a Europa poderá tirar partido de cerca de 30%). “A IoE ou a conexão de tudo à Internet implica diversas transições tecnológicas – Cloud, mobilidade, segurança, Big Data… – e já está a ajudar a otimizar os processos de múltiplas indústrias como fabrico, energia, retalho, transporte, Administração Pública ou serviços financeiros”.
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