Raul Carvalho, CIO do Grupo Impresa, aponta quais as cinco principais tendências tecnológicas para o setor de comunicação social, tendo em conta as especificidades que os media acarretam. Mobilidade ou cloud são tendências extensíveis a outros setores mas que adquirem características especiais.
O essencial para a sobrevivência dos meios de comunicação social passa pela adaptação dos diferentes canais às novidades tecnológicas que não só poderão ajudar na evolução das empresas como também representam uma peça fundamental para que estas se mantenham relevantes no mercado.
A CIONET, comunidade de CIOs europeus, e Raul Carvalho, CIO do Grupo Impresa e vencedor do prémio CIODAY’2015, juntaram-se para avaliar quais as principais tendências tecnológicas para o setor dos media e destacam cinco áreas imprescindíveis.
Digital e multiplataforma
Se, para outros setores, a aposta em várias plataformas pode ser uma forma de expandir os negócios, para os media é quase uma obrigação estar presente em todas as plataformas possíveis, desde o papel à televisão ou digital. Sem esquecer também o desenvolvimento de soluções que possam ser visualizadas nos diferentes ecrãs incluindo smartphones e tablets. Raul Carvalho e a CIONET explicam ainda que “esta presença multiplataforma também exige uma reformulação dos sistemas de suporte à produção e distribuição”.
Móvel
Ainda seguindo a lógica multiplataforma, os dispositivos móveis, especialmente smartphones, são uma peça preponderante para que os meios de comunicação social possam singrar. A justificação está na crescente utilização destes equipamentos para aceder a conteúdos digitais graças à possibilidade de o fazer em qualquer momento e em qualquer lugar.
Social
Outra tendência indicada por Raul Carvalho e pela CIONET passa pela utilização das redes sociais enquanto “meio importante de distribuição de conteúdos e geração de tráfego”. Referem ainda que a popularidade deste tipo de plataformas fez com que a homepage dos sites perdesse importância já que os utilizadores são direcionados diretamente para os artigos através de ligações em redes como o Facebook ou Twitter.
Personalização e Big Data
Tal como em outras áreas de negócio, saber o que os clientes querem e antecipar as suas necessidades é cada vez mais um sinal de diferenciamento relativamente a outras empresas. No setor dos media não é diferente. Conhecer as preferências dos utilizadores significa poder recomendar artigos ou outros conteúdos que corresponderão, quase garantidamente, aos seus gostos. “Quando um jornalista acaba de escrever um artigo, o meio de comunicação deve saber de imediato quais os leitores que estarão especialmente interessados em lê-lo”, referem os mesmos executivos.
Para além disso, o conhecimento da audiência resulta ainda na possibilidade de oferecer aos “anunciantes uma presença publicitária mais adequada aos seus targets comerciais”, o que permite ao grupo de comunicação social uma vantagem sobre outros grupos que não disponibilizem o mesmo tipo de personalização.
Cloud e SOA
A transição para estruturas cloud é a última tendência apontada por Raul Carvalho e pela CIONET e também esta tecnologia deverá ser um dos pilares do futuro da comunicação social. As empresas de media poderão encontrar nas clouds híbridas a melhor solução dado que nem todas as aplicações ou sistemas estão preparados para níveis de desempenho elevados somente na cloud pública e necessitam, por isso, de infraestruturas próprias.
Para que as ofertas disponíveis sejam plenamente aproveitadas, é recomendado que as empresas se apoiem em service-oriented arquitecture (SOA), arquiteturas que adaptem os sistemas internos aos serviços de cloud.
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