A digitalização da realidade é uma tendência à qual um travão é impossível colocar, pelo que há que tirar o máximo partido deste inexorável movimento, que transporta para o universo do código binário tudo o que nos rodeia. E as cidades não ficam à margem desta reconfiguração profunda. Desenhadas as circunstâncias, a IBM e o Expresso uniram forças para celebrar a segunda edição da conferência Cidades do Futuro, acolhida hoje pelo Pavilhão do Conhecimento, onde foram debatidos o paradigma das Novas Cidades, os desafios que obstaculizam esta transformação e os esforços materializados – ou ainda em desenvolvimento – pelos autarcas.
No evento Cidades do Futuro, um painel composto por figuras centrais dos mais diversos setores discutiram as provações que as cidades enfrentarão nos próximos tempos, e em que arestas precisam de ser limadas afincadamente. O grupo de discussão, moderado pelo diretor executivo do Expresso, Pedro Santos Guerreiro, foi composto pelo Presidente da Câmara Municipal de Lisboa, António Costa, pelo Provedor da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, Pedro Santana Lopes, pelo Presidente da IBM Portugal, António Raposo de Lima, pela Presidente da ExperimentaDesign, Guta Moura Guedes, e pelo Presidente da Vodafone Portugal, Mário Vaz.
Depois de Pedro Santos Guerreiro ter avançado que o boom demográfico e a concentração populacional nos centros urbanos será o motor germinativo de grande competitividade e gerador de dificuldades ao nível da gestão dos recursos, Guta Moura Guedes tomou a palavra Portugal é um país que assenta num forte património cultural, um dos seus maiores ativos, paralelamente ao Mar, que em tempos permitiu que a nação de Camões se expandisse pelo mundo. “Os Descobrimentos são a matriz daquilo que é o nosso país”, declarou a executiva.
As cidades, segundo Moura Guedes, são “sistemas operativos tridimensionais”, que precisam de apoiar-se em plataformas flexíveis de trabalho para elevar as cidades ao próximo patamar de desenvolvimento.
“Mais pessoas. Mais emprego. Melhor cidade”, foram as palavras que marcaram a intervenção do autarca António Costa. Afirmando que as tecnologias desempenham um papel irrefutável no desenvolvimento das metrópoles, o Presidente da Câmara Municipal de Lisboa acrescentou que existem resistências à evolução das cidades, nomeadamente a dificuldade em criar sinergias entre os vários atores que têm a seu cargo a edificação e desenvolvimento das cidades.
Já Santana Lopes – que atendeu à conferência na qualidade de Provedor da SCML – disse que as cidades padecem ainda de um significativo desperdício de recursos e da multiplicação desnecessária e redundante de esforços. Desta forma, persiste a necessidade da conceção de uma plataforma única que permita, aos cidadãos, o acesso centralizado a dados e informações, que será o reflexo da articulação entre as várias entidades públicas.
Mário Vaz, falando pelo setor das telecomunicações, afirmou que Portugal está munido das mais avançadas redes da Europa, de quarta geração, permitindo a transmissão de grandes volumes de dados, produto do fenómeno de Big Data.
António Raposo de Lima, por seu lado, reiterou a premência da criação de dinâmicas de interoperabilidade e partilha entre os vários pilares que sustentam as cidades. “Fazer mais com menos” é o mote dos dias de hoje, o que, segundo o responsável da IBM em Portugal, só poderá ser conseguido com a utilização inteligente dos recursos.
O economista Augusto Mateus sentenciou que “as cidades destroem-se a si próprias quando não são inteligentes”, uma vez mais sublinhando a necessidade de uma gestão eficiente dos recursos disponíveis. Mateus, que definiu o popular termo Smart como “Inteligência Pragmática Útil”, apelou à colaboração intermunicipal, à criação de iniciativas transmunicipais e ao combate ao desperdício, pois somente assim será possível o crescimento das cidades.
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