Ciberataques crescem em número e em grau de sofisticação
A nova geração de ataques cibernéticos, que incapacitam webistes e assoberbam datacenters, está a custar milhões e a levar ao limite a estrutura da Internet.
Ataques de Negação Distribuída de Serviços (DDoS) sempre tiveram o seu lugar entre os mais comuns na Internet, usando como recurso computadores sitiados de vírus para atacar websites até que estes não consigam mais dar vazão ao tráfego de data requerida.
Contudo, nas últimas semanas tem-se registado uma série de ataques cibernéticos que colocam estas práticas num patamar superior de gravidade.
A dez de fevereiro, a empresa de segurança da Internet Cloudflare revelou que protegeu um dos seus clientes de o que poderia vir a ser o maior ataque de DDoS registado até hoje.
No seu apogeu, a investida de quase 400 gigabites por segundo era cerca de 30 por cento maior do que o ataque de maiores dimensões registado em 2013, e constituiu uma tentativa de derrubar o website antisspam Spamhaus.
Passado um dia, um ataque DDoS à moeda virtual Bitcoin incapacitou-a de processar pagamentos.
No dia 20 de fevereiro, o Namecheap, a empresa de registo online, esteve temporariamente sobrecarregada devido a um ataque simultâneo aos 300 sites que regista.
A Meetup.com disse, na segunda-feira, estar a travar uma batalha contra um grupo de hackers que mantinha o site prisioneiro na dimensão offline e exigia um pagamento de 300 dólares pela restauração da sua operacionalidade. Resgate esse que o CEO da Meetup.com se recusou a pagar.
O diretor de tecnologia Jag Bains afirma que os ataques cibernéticos são cada vez mais sofisticados, para além de serem cada vez mais numerosos. Estas operações visam atacar as partes mais vulneráveis dos sites, porta de entrada para a restante plataforma.