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Chineses compram browser e aplicações da Opera Software

No entanto, esta não era a oferta inicial. A intenção das empresas chinesas era comprarem a totalidade da Opera Software, uma oferta de 1,2 mil milhões de dólares. Só que o acordo não  conseguiu obter aprovação por parte dos reguladores e foi retirado.

O fracasso da compra global levou as ações da Opera Software a caírem para mínimos de sete meses, embora se vá concretizar a venda de várias partes da empresa. O consórcio em causa, Kunqi, era liderado pela Kunlun Tech Co, distribuidora de jogos online, e a Qihoo 360 Technology Co, especialista em pesquisa e segurança.

O problema com a aquisição é que necessitava de luz verde por parte dos reguladores nos Estados Unidos e na China. Segundo a Reuters, uma das empresas do consórcio chinês afirmou que os receios de privacidade levantados nos EUA deram origem a uma investigação de alguns produtos da Opera, que poderia atrasar o processo em cerca de um ano.

A empresa norueguesa e o consórcio decidiram então chegar a outro tipo de acordo, avaliado em 600 milhões de dólares, e que levará à alienação de alguns produtos e serviços da Opera.

Estão aqui incluídos os browsers de telemóvel e desktop, a divisão de aplicações e desempenho, o negócio de licenciamento de tecnologia e uma participação na joint venture chinesa nHorizon.

Ficam de fora os negócios de publicidade e marketing, as operações de televisão e as aplicações relacionadas com jogos. As duas partes esperam que seja mais fácil obter aprovação deste negócio.

“Optámos por um método melhor, e escolhemos os ativos centrais da Opera, nomeadamente o negócio de consumo, como alvo da aquisição”, disse um parceiro do consórcio à Reuters.

A expectativa é de que este segundo acordo seja concluído no final do terceiro trimestre.

O consórcio inclui ainda o fundo de investimento Golden Brick Silk Road (Shenzhen) e a afiliada Yonglian Investment.

Ana Rita Guerra

Jornalista de economia e tecnologia há mais de dez anos, interessa-se pelas ideias disruptivas que estão a mudar a forma como se consome e se trabalha. Vive em Los Angeles e tem um gosto especial por startups, música, papas de aveia e kickboxing.

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