China volta a atacar WeChat com medidas opressivas
Dezenas de contas da plataforma WeChat foram suspensas ou canceladas pelas autoridades chinesas. O controlo do governo sobre a Internet tem vindo a ser cada vez mais austero e implacável.
Publicações noticiosas chinesas revelaram que algumas das contas afetadas pela medida governamental pertenciam a afamados colunistas com um vasto número de seguidores. Fontes anónimas disseram que ordem de suspensão foi aplicada sem qualquer aviso prévio ou justificação.
A aplicação de instant-messaging da Tencent tornou-se, ao longo dos últimos tempos, um espaço de discussão política e de assuntos da atualidade do país. Como tal, numa tentativa de monitorizar, ou mesmo até de suprimir, críticas e manifestações de descontentamento, o Partido Comunista da China recuperou uma campanha severa para controlar todas as comunicações online, ameaçando com processos legais quem publique comentários e artigos relativamente à atualidade do país.
Grupos de defesa dos direitos dos cidadãos afirmam que estes constrangimentos não são mais do que uma estratégia do partido comunista para mitigar as críticas ao governo e para reforçar e aprofundar o controlo sobre a suposta liberdade de expressão.
Um informador disse que o estreitamento da vigilância sobre os novos espaços de difusão de informação tem há muito sido esperado, desde que Lu Wei, vice-presidente municipal de Pequim, assumiu o cargo de diretor de Gabinete Estatal de Informação da Internet no ano passado.
Às acusações de controlo abusivo sobre a liberdade de opinião e sobre os conteúdos online, o governo diz que são medidas necessárias para que se possa assegurar a estabilidade social, e que todos os países procuram adquirir um maior poder sobre a Grande Rede.