China Mobile com queda no lucro 14 anos depois
A China Mobile, maior operadora por subscritores do mundo, vai gastar mais este ano para reforçar a sua rede mobile 4G para conter a sua primeira queda de lucro anual em 14 anos.
A empresa “culpou” a pressão de serviços de mensagens como o WeChat e anunciou, esta quinta-feira, que vai aumentar o gasto de capital em 22 por cento para 225,2 mil milhões de yuans (cerca de 26,1 mil milhões de euros). 75 mil milhões de yuans vão servir para expandir o serviço 4G lançado em dezembro. A China Mobile planeia, também, vender cem milhões de dispositivos 4G e ter 50 milhões de utilizadores 4G até ao final do ano.
No entanto, a empresa chinesa está a apostar que os subscritores usem grandes quantidades de dados com cada vez mais pessoas a conectar-se para usar aplicações como o WeChat, usadas a partir do plano de dados dos operadores, para evitar os custos das mensagens escritas que são uma fonte lucrativa para as operadoras.
Os executivos da China Mobile deram a entender que as vendas de iPhone, que os analistas esperavam chegar às 17 milhões de unidades no seu primeiro ano de lançamento, estavam bem abaixo das expectativas.
Em 2013, o lucro de rede da China Mobile caiu para 121,8 mil milhões de yuans (14,1 mil milhões de euros), a primeira queda desde 1999. As receitas operacionais do último ano aumentaram 8,3 por cento para 630,2 mil milhões de yuans (cerca de 73,2 mil milhões de euros).
Enquanto as receitas de serviços de dados em 2013 aumentaram 24 por cento para 206,9 mil milhões de yuans (pouco mais de 24 mil milhões de euros), as receitas de voz, que é a maioria das vendas da empresa, diminuiu 3,4 por cento para 355,7 mil milhões de yuans (valor à volta dos 41,3 mil milhões de euros).