A Federação Internacional de Robótica afirma que a China será o país do mundo com mais robots, em 2017. Por agora, os números estão longe desta realidade mas a tendência é para a automação.
Por cada dez mil trabalhadores nas indústrias de manufatura, a China tem apenas 30 robots, proporção longe de tornar possível a previsão da Federação Internacional de Robótica que antecipa este país como aquele que deverá ter mais robots, dentro de dois anos, numa escala global.
No entanto, a previsão tem por base a aceleração da automação na indústria automóvel e no setor da eletrónica, que levam a Federação a crer numa rápida ascensão dos robots nos processos de produção da China. O país já detém a maior quota de mercado no que diz respeito às transações destes equipamentos mas ainda não conseguiu atingir a integração plena nas suas indústrias.
Para alcançar este objetivo, a Federação aponta a contribuição dos fabricantes de automóveis que planeiam construir as suas fábricas na China e garante que a inflação nos salários dos trabalhadores também irá influenciar o número de robots utilizados, prevendo cerca de 428 mil deste tipo de equipamentos para 2017. Gudrun Litzenberger, secretária-geral da divisão de Frankfurt da Federação Internacional de Robótica explica que “as empresas são forçadas cada vez mais a investir em robots para serem mais produtivas e aumentar a qualidade”.
Para além da própria indústria automóvel, também os fabricantes especializados em robótica estão de viagem para a China, estando já alguns dos principais nomes no país. ABB, Kuka, Yaskawa e Fanuc já estão a produzir em território chinês e a previsão é de que os restantes setores acompanhem a tendência, com especial enfoque nos aparelhos eletrónicos.
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