Centros de dados: sistemas hiperconvergentes crescem 79% em 2016
Um novo relatório da consultora Gartner revela que o mercado de sistemas integrados hiperconvergentes vai crescer 79% este ano, caminhando a passos largos para a standardização.
De que se trata? A Gartner define-os como “uma plataforma que oferece recursos de computação e armazenamento partilhados, baseados em armazenamento definido por software, computação definida por software, hardware e uma interface de gestão unificada.” A consultora acredita que os HCIS (hyperconverged integrated systems, na sigla inglesa) serão o standard nos centros de dados mundiais dentro de cinco anos.
A grande mais valia destes sistemas está nas ferramentas de software, tornando o hardware uma espécie de utilidade “comoditizada.” O mercado vai atingir os 1,7 mil milhões de euros este ano, um crescimento de 79% que vai continuar nos próximos anos. Até 2019, o HCIS será o segmento com crescimento mais rápido de todo o mercado, chegando aos 4,3 mil milhões em 2019 e representando 24% do total. Em resultado, outros segmentos irão sofrer uma certa canibalização.
“O mercado de sistemas integrados está a começar a amadurecer, com mais utilizadores a fazerem upgrades e a expandirem as suas instalações iniciais” em centros de dados, diz Andrew Butler, analista da Gartner. “Estamos à beira de uma terceira fase nos sistemas integrados. Esta evolução apresenta aos líderes de TI e operações um enquadramento que permitirá evoluir as suas implementações e arquiteturas. ”
A fase 1, refere a consultora, foi o pico dos sistemas blade, entre 2005 e 2015. A fase 2 marca o início das infraestruturas convergentes e o advento dos HCIS, entre 2010 e 2020. A fase 3 vai representar a aplicação contínua e a entrega de microserviços em plataformas HCIS, entre 2016 e 2025.
Os centros de dados vão beneficiar com estas infraestruturas dinâmicas, que podem ser compostas com blocos de hardware modulares e desagregados – o que irá permitir uma otimização económica contínua.
Os casos de implementação de HCIS têm sido “limitados”, mas no final vão resultar na transformação da infraestrutura de base como utilidades maleáveis, controladas pela inteligência do software e automatizadas para permitirem a oferta de TI como um serviço para operações de negócio e enterprise.