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Cartões móveis pré-pagos caem para mínimos históricos

O motivos para esta migração dos cartões pré-pagos para os pós-pagos ou híbridos é o sucesso das novas ofertas das operadoras. “Para esta evolução contribuiu em boa medida o facto de estar a aumentar o uso de pacotes multiple play que integram o serviço móvel e que são pós-pagos”, explica o regulador das comunicações. Em 2015, cerca de 35% dos lares que dispunham do serviço de telemóvel adquiriram-no de forma integrada numa oferta multiple play. É um valor mais elevado que os 25,7% de 2014.

Esta migração também explica a redução em 1% dos cartões SIM ativos e efetivamente utilizados no ano passado, que se ficaram pelos 11,7 milhões. Segundo a Anacom, “deve-se à proliferação das ofertas multiple play que não têm diferenças de preços entre as chamadas on-net e off-net, fazendo com que muitos utilizadores que possuíam mais que um cartão para falar para outras redes tenham deixado de os ter.” No total, há 16,8 milhões de cartões SIM habilitados a utilizar o serviço móvel; destes, 12,8 milhões (76% do total) foram efetivamente utilizados.

No que respeita às operadoras, a MEO continuou na liderança, com 44,2% dos cartões SIM com utilização efetiva; é uma quebra de 0,6 pontos percentuais em relação a 2014. A Vodafone mantém-se como segunda maior, com 33,4% de quota e uma descida de 2 pontos em relação ao ano anterior, e a NOS conseguiu ganhar quota de mercado – foi o único prestador que aumentou o número de cartões SIM utilizados em mais 3 pontos percentuais, para 20,9%.

Um dado relevante é que o tráfego de voz nas redes móveis em minutos aumentou 5,3%, acima da média dos últimos 5 anos, 3,8%, e do crescimento do número de assinantes durante o ano, que foi de 0,3%. “Esta evolução deve-se ao aumento da penetração das ofertas em pacote que integram serviços móveis e fixos e que incluem chamadas a ‘zero cêntimos'”, diz a Anacom.

Já o envio de SMS derrapou 11,2% face ao ano anterior, mais que a média de quebra dos últimos anos (que foi de 5,6%). O número médio mensal de mensagens enviadas por utilizador do serviço foi de 228 (262 um ano antes), o que representa cerca de 7-8 mensagens por dia, o valor mais baixo desde 2010.

Ana Rita Guerra

Jornalista de economia e tecnologia há mais de dez anos, interessa-se pelas ideias disruptivas que estão a mudar a forma como se consome e se trabalha. Vive em Los Angeles e tem um gosto especial por startups, música, papas de aveia e kickboxing.

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