* em Barcelona
“Se é complicado para nós, agora imaginem para os nossos clientes, que estão a ter muitos problemas em decidir qual o caminho a seguir na sua estratégia de TI”.
Na cerimónia de abertura, o CEO Steve Brazier foi dando uma “voltinha” pelo mercado, quer a nível macro quer a nível micro, e falou de algumas claras tendências que têm assolado a indústria. De uma coisa parece não haver qualquer dúvida: a segurança é uma das questões mais relevantes e uma das prioridades das empresas.
Boas notícias a nível macro é que apesar da crise no médio oriente, os Estados Unidos estão saudáveis e países como a vizinha Espanha e a Itália estão a registar melhores performances. O dólar norte-americano está mais forte e os preços da tecnologia subiram. “Basicamente a economia está a respirar melhor e isso aumenta a procura”.
Dentro da indústria, há várias tendências com fortes implicações para o canal de parceiros. Primeiro, do lado da infraestrutura, houve uma mudança clara nos gastos com servidores e armazenamento. Que de serem entregues para computação “on premise” foram agora para provedores de serviço de data centers. “Acreditamos que, no final deste ano, 50% de todos os servidores são para mega data centers em todo o mundo. É uma mudança brutal. 20% dos servidores comprados vão para os 200 maiores data centers e muito deste investimento não é cloud. É conduzido por empresa de consumidor, como o Facebook, a Microsoft, a Apple ou a Amazon”. Outra boa notícia para o mercado é que se há mais data centers… há igualmente mais necessidade de rede, mais equipamentos e mais segurança, áreas que têm registado crescimentos interessantes.
Este é, igualmente, um mercado em turbulência e mudança. “Mas é muito cedo para ver um vencedor” diz o CEO da Canalys, garantindo que vai haver muitas aquisições e consolidações.
Smartphones continuam a vender
No mercado de smartphones, tem havido igualmente mudanças. No primeiro semestre de 2015, as vendas mundiais foram de 648 milhões de unidades, uma subida de 13% face a 2014. Um espaço onde claramente a Apple domina, pelo menos em termos de lucro disponível. Mas também aqui há alterações. É que enquanto os smartphones pequenos, com menos de 5,5 polegadas, apenas cresceram 1%, os de tamanho superior – também chamados phablets – subiram 110%, tendo sido vendidas nos primeiros seis meses 137 milhões de unidades. Os tablets desceram 10% e as vendas de notebooks também decresceu 9%. “Tablets e notebooks têm vindo a desiludir”.
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