Há, pelo menos, três novas ferramentas dedicadas às instituições financeiras para que estas possam agilizar a mudança das suas operações para a cloud. A iniciativa é da Box que se juntou a empresas como a Capgemini para desenvolver estas soluções.
A premissa é de que as empresas dedicadas a serviços financeiros ainda não terão feito a transição para a cloud devido à complexidade da mudança e a relativa insegurança que ainda existe. A Box pega nesta ideia para anunciar novas ferramentas e uma estratégia a pensar nessas empresas para que a digitalização dos seus serviços possa ser uma realidade imediata.
Este projeto parte da Box for Industries, uma iniciativa que pretende personalizar e alargar as funcionalidades da Box para setores específicos da indústria. Desta feita, o Box for Financial Services nasce para responder aos desafios desta área no que diz respeito à partilha de conteúdos.
Aaron Levie, da Box, afirma que “hoje em dia, quase nenhum processo de negócio dentro dos serviços financeiros está totalmente restrito a uma única organização ou edifício: a necessidade de partilhar e colaborar seguramente entre empresas está a crescer exponencialmente, tal como a necessidade de digitalizar os processos que movem dados cruciais pelo mundo”.
Levie diz ainda que as estruturas tradicionais já não são uma opção e que, por isso, “as instituições financeiras estão a transitar para a cloud de próxima geração e para soluções móveis”. É com este propósito que surgem três novas ferramentas, especificamente para o mercado financeiro.
A Retention Managment, algo como uma ferramenta de gestão de retenção, tem como objetivo ajudar as empresas a cumprir as regulamentações financeiras no que diz respeito ao registo de retenções e está, neste momento, em versão beta.
Para cumprir com a regra que impõe o armazenamento dos registos eletrónicos em formatos que não sejam passíveis de serem alterados ou apagados, a Box apresenta uma ferramenta que deverá obedecer aos critérios designados pela autoridade reguladora da indústria financeira norte-americana (FINRA).
Por fim, no que diz respeito à segurança dos dados na cloud, a Box anunciou a possibilidade de colocar marcas de água automaticamente nos documentos partilhados, identificando o utilizador e o seu endereço IP.
No desenvolvimento destas ferramentas, a Box trabalhou em conjunto com a Bloomberg Vault, Capgemini e Accenture, entre outras, sendo que a data prevista para o lançamento das novas funcionalidades aponta para a primeira metade de 2015.
Aaron Levie garante que este tipo de iniciativas da Box tem tido sucesso nos setores da saúde, retalho, media e entretenimento. Desta vez, poderão ser as instituições financeiras, como é o caso dos bancos ou companhias de seguro, a beneficiar da aposta da empresa de cloud.
No fim da publicação em que são anunciadas as novas ferramentas para o setor financeiro, Levie termina deixando o aviso de que mais novidades estão previstas ainda para este ano.
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