*em Las Vegas
“A nossa jornada na IBM centra-se em soluções cognitivas, entregues numa plataforma na nuvem com o contexto certo da indústria”, afirmou o executivo. Na sessão de abertura, Rosamilia focou-se no segmento da saúde, na explosão da tecnologia blockchain e nas capacidades cognitivas que a IBM tem vindo a lançar.
“Estamos a tentar transformar o setor da saúde. Não estávamos nesse negócio antes”, ressaltou. A saúde é um dos segmentos que “mais precisa de mudança”, complementou, e a IBM quer ajudar nessa evolução: das 30 aquisições que a companhia fez nos últimos 3 anos, a maior parte foi exatamente nesse setor.
Então, o quê a IBM quer mostrar no Edge 2016, que decorre essa semana em Las Vegas? A “arquitetura do futuro.” Ela é composta por três pilares: inovação tecnológica, inovação colaborativa e inovação nos modelos de negócio.
“90% de todos os dados foram criados nos últimos dois anos. Desses, 80% não estão estruturados e 60% são irrelevantes”, revelou Rosamilia. “Dar sentido a enormes volumes de informação e agir sobre a oportunidade ou a ameaça dos mesmos é crítico.”
O vice-presidente focou a sua atenção na tecnologia blockchain, que está por detrás da criptomoeda Bitcoin, e disse que todo mundo deveria olhar para isso. “A blockchain é uma tecnologia maravilhosa que irá influenciar muitas indústrias”, ditou o executivo, falando no setor financeiro, logístico, gestão digital, entre outros. A IBM tem já 30 provas de conceito com clientes e quer aumentar essa rede.
Uma pesquisa do IBV, que faz parte da IBM mas é gerido de forma independente, concluiu que 70% dos diretores de experiência de utilizador (CXO) planeiam expandir as suas redes de parceiros. Rosamilia anunciou que a Power Foundation, fundada há três anos com apenas cinco membros, tem agora 250 empresas associadas, oriundas de 26 países. Uma delas é a Canonical, que gere o sistema operacional Ubuntu, e a IBM prometeu “muitos anúncios” relacionados a Linux no Edge 2016.
Outro parceiro da conferência é a publicação MIT Technology Review.
“A inovação exige um pensamento fora do status quo”, declarou Rosamilia. “Trata-se de mudar a forma como trabalhamos, e esses três pilares são importantes para nós.”
A sessão de abertura contou ainda com Ed Walsh, que retornou à IBM no verão e está a liderar a unidade de Storage. “Todos os dias, o mundo cria 2.5 exabytes de dados”, exclamou o executivo. “A era da computação cognitiva é impulsionada pelos dados, e big data e analítica não são mais extras, são imperativos de negócio.” Então, concluiu, os sistemas devem ser desenhados para suportar essas cargas cognitivas. “Ter a infraestrutura certa é crítico para usar os dados de forma competitiva.”
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