O setor bancário está num ponto de viragem. O velho modelo baseado numa rede de agências para os clientes realizarem as suas operações está claramente em declínio.
Por um lado, o aumento da penetração da Internet e o uso de dispositivos móveis, bem como o incremento da cultura digital dos utilizadores está a mudar as preferências dos clientes na hora de interagir com o seu banco. Além disso, a crise dos últimos anos levou ao encerramento de muitas agências bancárias.
Estas duas tendências, entre outras, estão a impulsionar o crescimento da banca digital, cujo número de adeptos está claramente a crescer. De acordo com a Juniper Research, cerca de 3 mil milhões de utilizadores irão aceder a serviços de banca de retalho através de smartphones, tablets, PC e smartwatches, tal como refletido no relatório “Retail Banking: Digital Transformation & Disruptor Opportunities 2017-2021”. Ou seja, um em cada dois adultos em todo o mundo irão utilizar a banca digital em cinco anos. Este valor representa um aumento de 53% em relação aos atuais registos.
O estudo adianta ainda que a utilização dos serviços digitais vai continuar a aumentar, já que os consumidores vão apostar cada vez nas instituições bancárias que oferecem serviços digitais rápidos e multicanal. Isso vai forçar as instituições financeiras tradicionais a fazer um esforço para proporcionar uma experiência digital mais fluida aos seus clientes, especialmente se quiserem manter a liderança no setor.
A pesquisa avança que os bancos tradicionais, até agora, permanecem um passo atrás das novas empresas fintech em termos de oferecer inovação aos seus clientes, mas adverte que esta situação está gradualmente a mudar.
Nitin Bhas, autora da pesquisa, diz que “a tecnologia é atualmente o grande fator diferenciador para todos os tipos de bancos, incluindo os bancos tradicionais e os bancos chamados ‘desafiadores’. Os investimentos em tecnologia bancária atingiram níveis recorde em 2016 e espera-se que os bancos tradicionais se concentrem em iniciativas de transformação digital”.
Além disso, a Juniper prevê que este ano as grandes instituições financeiras adquiriram alguns destes novos “players” que desafiam a sua posição de liderança, incluindo empresas de tecnologia e bancos digitais. E isso vai acelerar ainda mais a implantação da estratégia digital dos “jogadores” tradicionais.
O relatório também analisa os principais bancos do mundo, avaliando as suas “pontuações” de preparação para a transformação digital e o seu posicionamento dentro do plano da inovação digital. Assim, os bancos mais preparados para a transformação digital são o Banco Santander, Bank of America, Barclays, BBVA, BNP Paribas, Citi, HSBC, JPMorgan Chase, RBS, Societe Generale, UniCredit e Wells Fargo.
Essas entidades apresentaram altas pontuações e progridem rapidamente para as etapas finais da transformação digital. O estudo destaca, por último, que estes bancos têm investido fortemente em tecnologia, têm excelentes carteiras digitais e já estão a beneficiar de significativas economias de custo graças à digitalização.
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