A segunda maior operadora norte-americana revelou estar a trabalhar para levar, já este ano, conteúdos exclusivos como vídeos e jogos aos carros conectados à Internet, que podem ser transmitidos para os próprios dispositivos pessoais dos ocupantes.
A informação foi confirmada pelo vice-presidente sénior de aparelhos emergentes da companhia, Chris Penrose. “Não é diferente de se conectar a um ponto de Wi-Fi e aceder a conteúdo que já assina”, explicou.
O grupo de telecomunicações já firmou acordos com oito fabricantes de veículos, incluindo General Motors, Audi e Ford, para disponibilizar acesso à Internet em veículos. O objetivo é oferecer conteúdo, gratuito ou pago, exclusivamente para os utilizadores de carros conectados e vender mais serviços de transmissão de dados, disse Penrose.
A maior parte dos norte-americanos já possui telemóveis e a indústria de telecomunicações móveis de 1,7 milhões de milhões de dólares está a voltar-se para os veículos e outros aparelhos como novas fontes de crescimento da receita.
A AT&T está a explorar modelos de negócios que incluem partilha de receita de dados, conteúdo e publicidade com as fabricantes de veículos e parceiros de conteúdo e do retalho, disse o executivo sem dar mais detalhes.
A operadora, no entanto, pode enfrentar problemas ao transmitir conteúdo com a própria curadoria. Isto porque um dos parceiros com os quais pode produzir o conteúdo que será exibido nos automóveis, seria a compatriota DirecTV, emissora com a qual a AT&T tenta uma fusão desde o início de 2014.
A operação de junção das duas companhias, no entanto, enfrenta problemas com alguns OTTs (Over the Top), ou seja, produtores de conteúdo como Amazon Prime, Hulu, Crackle, WWE Network e HBO.
O mais famoso concorrente do setor, a gigante Netflix, pediu à Cmissão Federal de Comunicações (FCC, na sigla em inglês) que a fusão entre AT&T e DirecTV fosse rejeitada. O órgão, que regula o mercado de comunicação naquele país, terá de decidir nos próximos meses se aprova ou não a negociação que pode gerar uma companhia de 48 mil milhões de dólares.
É preciso lembrar também que o Netflix já teve problemas com a operadora, quando a AT&T decidiu taxar a empresa de streaming, alegando que seus assinantes derrubavam a capacidade de rede em algumas regiões do país durante o chamado Prime Time, no início da noite, quando os utilizadores chegam a casa e assistem em massa ao conteúdo disponível via Internet. Como os EUA ainda não têm nenhum marco regulatório que determine a neutralidade da rede, ou ao menos proíba o beneficiamento ou o detrimento de um conteúdo, ambas as companhias batalham na justiça, para manter ou suspender o pagamento de taxas da Netflix à operadora.
*Amauri Vargas é jornalista da B!T no Brasil
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