Aptoide recebe novo financiamento de 3,7 milhões de euros

De acordo com a Aptoide, esta ronda de investimento proveniente da Europa, China e Sudeste Asiático servirá para “acelerar o crescimento nos mercados-alvo e construir relações estratégicas com parceiros regionais.” Uma das próximas medidas será a colaboração com fabricantes de dispositivos chineses, para que a incluam como a loja de aplicações para os seus utilizadores finais; haverá também enfoque na América Latina.

A loja tem neste momento meio milhão de aplicações disponíveis, 29 idiomas e 100 milhões de utilizadores anuais. Além da versão principal, há uma destinada a equipamentos de entrada de gama e com ligação à internet mais lenta, Aptoide Lite, e outra para televisões inteligentes e set top boxes Android, Aptoide TV. Em dezembro, atingiu a marca de dois mil milhões de downloads desde 2011, ano em que foi fundada. Uma dimensão que, segundo a empresa, a torna na terceira maior loja de aplicações do mercado, depois da App Store da Apple e da Google Play.

“Ao longo dos últimos anos, a Aptoide conseguiu uma forte retenção de utilizadores. Ao expandir para alguns dos mercados mais importantes do mundo e construir relações estratégicas com os principais parceiros, acreditamos que será capaz de fornecer aplicações de qualidade a cada vez mais utilizadores no mundo”, comenta o fundador e CEO Paulo Trezentos. Além da sede em Lisboa, a startup tem escritórios em Singapura e Shenzhen, China.

Esta é a segunda vez que a Aptoide recebe investimento da Portugal Ventures, depois de uma ronda de um milhão de euros em 2013 no âmbito da iniciativa “Call For Entrepreneurship.” O CEO da sociedade de capital de risco, Marco Fernandes, sublinha que esta nova ronda é “uma prova adicional que os empreendedores e startups nacionais atingiram um patamar de evolução comparável aos melhores.” O responsável elogia o trabalho da equipa de Paulo Trezentos e acrescenta que é importante para a Portugal Ventures “começar a ver os resultados da aposta estratégica, com o investimento em startups tecnológicas promovidas por jovens portugueses.”

Jeffrey Paine, diretor geral da Golden Gate Ventures, acrescenta que em mercados emergentes como o asiático os utilizadores precisam de uma loja de aplicações alternativa, “que lhes permita descobrir e interagir com produtos criados por programadores locais”, ao mesmo tempo que estes ganham um canal direto para chegarem aos consumidores. “Acredito que a equipa vai continuar a batalhar para exceder as expectativas dos utilizadores e chegar mais longe”, sublinha.

Ana Rita Guerra

Jornalista de economia e tecnologia há mais de dez anos, interessa-se pelas ideias disruptivas que estão a mudar a forma como se consome e se trabalha. Vive em Los Angeles e tem um gosto especial por startups, música, papas de aveia e kickboxing.

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