Apple Watch vai dominar mercado até 2019
O relógio inteligente da Apple vai manter-se na liderança do mercado de smartwatches, mas nunca mais terá uma quota de mercado tão elevada quanto em 2015. No final deste ano, o primeiro ‘wearable’ da Apple terá 61,3%, o que equivale a 13 milhões de unidades vendidas.
Embora a Apple ainda não tenha dado números concretos de vendas do relógio, que chegou às lojas em abril deste ano, várias consultoras têm publicado valores aproximados. A IDC projeta que o total do mercado atinja os 21,3 milhões de relógios este ano, dos quais 13 milhões da Apple. Já a Berg Insight reporta 19,5 milhões, com a Apple à frente.
“O watchOS da Apple vai liderar o mercado no período projetado [até 2019], com uma base de fãs dos produtos Apple fiel e uma seleção de aplicações em rápido crescimento, tanto apps nativas como desenhadas para o Watch” escreve a IDC no mais recente relatório sobre ‘wearables’. “Muito rapidamente, o watchOS tornou-se a referência em relação à qual todos os outros relógios e plataformas são comparados.”
O ‘boom’ do mercado – crescimento de 353% em relação ao ano passado segundo a Berg Insight – deu origem à entrada de players vindos da relojoaria tradicional, como TAG Heuer e Fossil, e à expansão do ecossistema da Google, Android Wear. Será este o maior concorrente do watchOS/Apple, com 15,2% este ano e 38,8% em 2019, altura em que a líder cairá para 51,1%.
No entanto, a IDC diz que este estará num “distante” segundo lugar. “A experiência de utilização nos dispositivos Android Wear tem sido praticamente a mesma de um aparelho para o outro, o que deixa pouco espaço aos OEM para inovarem e os utilizadores com opções baseadas apenas no preço e design“, salienta a consultora.
O Pebble OS virá em terceiro e em seguida o Tizen, da Samsung, ambos com menos de 10% de quota.
Quanto à categoria global de ‘wearables’, as pulseiras de fitness e monitorização de exercício físico, mais baratas e menos complexas, ainda são a maior categoria – 51 milhões de unidades vendidas em 2015. Isso deverá mudar no curto prazo. “Dispositivos melhorados e disponíveis em diferentes segmentos de preços vão impulsionar a adesão nos próximos cinco anos, e os relógios inteligentes deverão tornar-se a maior categoria [de wearables] no final do período em análise [2020]”, diz Johan Svanberg, analista sénior da consultora Berg Insight.
Para março de 2016 espera-se um novo Apple Watch, (lançamento ainda não confirmado), depois de em setembro a marca ter lançado a nova versão do sistema operativo dedicado, watchOS 2.