Apple faz progressos na contratação de mulheres e minorias
A Apple é mais uma empresa tecnológica a divulgar o seu Relatório de Diversidade anual e a mostrar que tem estado atenta à importância de melhorar a diversidade da sua força de trabalho. Mas também reconhece que ainda há um longo caminho a percorrer até atingir uma estrutura de trabalhadores verdadeiramente heterogénea.
Muitas empresas tecnológicas têm uma força de trabalho dominada por trabalhadores homens e brancos. Mas este panorama começa agora a mudar, com muitas firmas a fazerem progressos no que diz respeito à diversidade do seu conjunto de trabalhadores.
A Apple é mais uma a juntar-se a este esforço de mudança. A marca da maçã diz que contratou mais mulheres e minorias em 2014 do que no ano precedente. Segundo o Relatório de Diversidade da companhia, divulgado esta quinta-feira, a Apple aumentou o número de contratações de mulheres em 65 por cento, de negros em 50 por cento e de latinos em 66 por cento.
“Isto representa o maior grupo de empregados que alguma vez contratámos a partir de grupos sub-representados num só ano”, disse o CEO, Tim Cook, citado pela CNET. O responsável avançou ainda que, nos primeiros seis meses deste ano, 50 por cento das novas contratações nos Estados Unidos são mulheres, negros, hispânicos ou americanos nativos.
Só que este números não foram suficientes para mudar a composição racial e de género da empresa, que ainda é predominantemente masculina e de raça branca. De acordo com o mesmo documento, a força de trabalho feminina cresceu um tímido um por cento, para 31 por cento, em comparação com os dados do ano passado.
O aumento do número de trabalhadores asiáticos foi mais expressivo, tendo crescido para 18 por cento em 2015, mais três pontos percentuais do que no ano precedente. Já a percentagem de colaboradores hispânicos manteve-se nos 11 por cento e o número de funcionários negros saltou para os oito por cento em 2015, o que compara com sete por cento em relação a 2014.
“Algumas pessoas vão olhar para estes dados e ver o nosso progresso”, escreveu Cook. “Outras vão reconhecer o quanto ainda nos falta fazer. Nós vemos ambos os cenários”.
Ao contrário de outras companhias do setor tecnológico, a Apple preferiu não detalhar os seus objetivos de contratação.
Nos últimos tempos, as gigantes de Silicon Valley têm sido cada vez mais pressionadas em relação à representação de mulheres e minorias étnicas entre os funcionários.
Também a Intel divulgou recentemente o seu Relatório de Diversidade, que, embora revele melhorias quanto à contração de grupos sub-representados, mostra que mais de três quartos dos funcionários da fabricante de chips são ainda homens e 56 por cento brancos.