A Greenpeace revelou hoje que a Apple, a Google e o Facebook fizeram grandes progressos no concernente à adoção de fontes renováveis de energia para potenciarem os seus data centers e serviços de web.
São muitas as empresas do setor da Internet que ainda dependem grandemente de data centers que consomem enormes quantidades de energia e que são alimentados por combustíveis fósseis, emissores de gases tóxicos.
Pela construção de uma “quinta” de painéis solares e de células de combustível no seu data center na Carolina do Norte e pela produção direta de energia renovável nas suas outras três instalações, a Apple mereceu as mais altas qualificações na tabela de avaliações que a Greenpeace emite a cada dois anos referente aos data centers das empresas da área da Internet.
A Greenpeace distinguiu a Apple pela sua transparência, pela implementação de políticas de energia renovável e pela distribuição de energia alternativa, com nota máxima em cada uma das categorias, o que, comparativamente com as classificações negativas que arrecadou há dois anos, constitui-se como um progresso significativo.
Na outra face da moeda, a divisão de serviços web da Amazon.com, que, de acordo com a Greenpeace, opera pelo menos 18 data centers espalhados por todo o mundo, foi destacada com uma das empresas que menos se compromete na adoção de políticas “verdes”, merecendo, univocamente, a pior classificação em três das quatro categorias que foram alvos do escrutínio da organização ambiental.
O relatório da Greenpeace dizia que são demasiadas as empresas que, consciente e deliberadamente, recusam-se a integrar políticas energicamente sustentáveis. “Essas empresas, das quais se destaca a Amazon Web Services, estão a fazer escolhas energéticas tendo como único critério o menor preço”.
A Amazon já em 2012, altura em que foi divulgado o relatório, havia contestado as conclusões da Greenpeace, alvitrando que a informação e insinuações patentes no documento eram imprecisas.
Os data centers são a rainha do exército de xadrez das empresas da esfera da Internet. Um porta-voz da Greenpeace, David Pomerantz, que um grande data center exige um volume energético capaz de fornecer energia elétrica a cerca de 65 mil casas norte-americanas.
A relevância e influência dos serviços de Internet é diretamente proporcional às necessidades energéticas, tendencialmente maiores.
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