Desde 2011, aquando do lançamento da NOS Iris, que os utilizadores têm sido confrontados com diversas alterações para que a experiência seja cada vez mais completa. Em 2015, a Iris 4.0 chega com novas funcionalidades e virada para a personalização e para o mundo das recomendações inteligentes, mas chega também a aplicação NOS Iris que quer fazer a ponte entre a TV e o tablet, num serviço que, de acordo com Pedro Bandeira, diretor de desenvolvimento, é único no mundo.
Março de 2015 marca um momento importante na história da NOS com a apresentação de uma nova versão da Iris, o serviço de televisão da marca, e com o lançamento de uma aplicação móvel que promete funcionar como uma extensão da televisão. Em ambos os casos, a palavra de ordem é personalização, conceito que tem sido inspiração para as principais empresas mundiais.
Pedro Bandeira, diretor de desenvolvimento, explicou, numa apresentação, que os utilizadores passaram de um acesso algo rudimentar a 150 canais para o acesso avassalador a um número infinito de conteúdos graças à possibilidade de gravações automáticas e à introdução de vídeos online, nomeadamente do Youtube. Desta infinidade de programas, surge um “bom problema”, cuja resposta é a personalização para que os conteúdos que realmente queremos ver não se percam num mar sem fim.
Para ajudar a esta personalização, a NOS lança a app NOS Iris que leva a TV para o tablet mas também o tablet para a TV. A aplicação já está disponível, de modo totalmente gratuito para os clientes da marca e pode ser descarregada na Apple Store e no Google Play, sendo que apenas os dispositivos com mais de sete polegadas poderão usufruir desta novidade.
A justificação prende-se com a densidade de informação que, num ecrã de um smartphone, não encontraria espaço para respirar. A interface de um tablet, por outro lado, permite uma navegação mais intuitiva e fluída, tanto em sistemas operativos Android como iOS. Para breve, estará disponível também para Windows Phone.
As recomendações inteligentes são o coração desta nova aplicação mas outras características destacam-se pela simplicidade de utilização. Numa demonstração em que a B!T esteve presente, foi possível perceber que a primeira página com que os utilizadores se deparam indica logo alguns conteúdos que poderão agradar sejam eles programas disponíveis na televisão ou no videoclube.
Caso o conteúdo seja gratuito, basta enviá-lo para televisão e o mesmo começará a ser reproduzido de imediato, por outro lado, se for pago, no ecrã da tv surgirão quais as opções disponíveis desde ver o trailer a alugar. Todas estas operações podem ser realizadas a partir do tablet já que a aplicação inclui um comando integrado que funciona tal e qual o comando físico que os utilizadores NOS possuem e que poderá substituí-lo.
Para além da opção mais básica de visionamento, a app permite ainda gostar de conteúdos para que o algoritmo que gere as recomendações possa ser afinado ao longo do tempo, não sendo estático. Permite também aceder a mais informações sobre os conteúdos para que o utilizador possa complementar o seu conhecimento sobre determinado ator, cidade ou género, e tirar proveito de tags que, quando selecionadas, enviam determinados temas para uma lista “A Seguir”, algo como os favoritos.
As informações adicionais apresentadas vêm de fontes cuidadosamente selecionadas tendo sido privilegiados critérios como a fiabilidade e grau de interesse para os consumidores, estando incluídos sites como o IMDB e a Wikipedia. Estas fontes estão também em constante atualização.
Juntando a funcionalidade tags à possibilidade de criar listas para “ver mais tarde”, o utilizador está à beira de construir o seu próprio canal virtual. Pedro Bandeira exemplificou com o cenário onde alguém utiliza a aplicação de modo remoto, ou seja, longe da televisão, dentro de um comboio, e onde vai adicionando programas que deseja ver para, depois, ao chegar a casa, bastar enviar para a TV e começar a visionar, sem ter de perder mais tempo a procurar.
“Descobrir conteúdos a partir de conteúdos” e “contribuir para a harmonia dos lares portugueses” são expressões utilizadas pelo diretor de desenvolvimento para descrever aquele que acredita ser um serviço único não só em Portugal como a nível internacional. O projeto foi desenvolvido inteiramente por profissionais portugueses, aproveitando os recursos internos da empresa, durante os últimos meses.
O caráter único poderá derivar também da possibilidade de fazer o percurso inverso ao até aqui descrito, levando informações da “caixa”, como lhe chamou, para o tablet através da sincronização entre os equipamentos. Esta ferramenta permite perceber que programas estão a dar, naquele momento, na televisão, conferindo mais poder ao utilizador que se torna quase omnipresente.
Quando questionado sobre as perspetivas de adesão a esta aplicação, Pedro Bandeira mostrou-se confiante, revelando que foi realizado um projeto piloto para testar a resposta do público e que os resultados parecem coincidir com a indicação de que o consumo de tablets, no país, tem aumentado. Fica a dúvida sobre se somos ou não ainda muito tradicionais no que à televisão diz respeito e se, de facto, os utilizadores estão disponíveis para acrescentar mais uma aplicação ao seu catálogo.
No entanto, estudos têm demonstrado que já muitas pessoas utilizam o smartphone enquanto, simultaneamente, veem programas na televisão. Nesse sentido, será natural que uma aplicação que torna a experiência mais completa e simples se transforme em algo intuitivo.
A app da NOS poderá ser a primeira do género no mundo mas respeita uma tendência também universal. O caráter transversal dos programas e aplicações tem sido especialmente debatido desde que a Microsoft anunciou o seu novo sistema operativo, Windows 10, cuja principal bandeira é, precisamente, levar para todos os ecrãs e dispositivos as mesmas ferramentas e possibilidades.
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