O estudo revela que 52% de toda a informação armazenada e processada atualmente pelas organizações, em todo o mundo, é considerada como sendo de dados “obscuros”, cujo valor é desconhecido.
Além disso, outros 33% dos dados são considerados redundantes, obsoletos, ou triviais (ROT), e sabe-se que são inúteis.
Se forem deixados ao descontrolo, a gestão dos dados empresariais irá custar às empresas, em todo o mundo, um total de 3,3 mil milhões de dólares até ao ano 2020.
As empresas estão a criar e armazenar dados a uma velocidade cada vez maior, devido a uma cultura de “acumulação de dados” e a uma atitude de indiferença quanto a uma política de retenção de dados. Estes dados podem ser tudo, desde informação empresarial valiosa, a informação não conforme.
O relatório, divulgado pela Cesce, parceira da Veritas, revela que os líderes de TI consideram que apenas 15% de todos os dados armazenados são classificados como informação crítica para o negócio. Em média, para uma empresa de média dimensão com 1000 TB de dados, o custo do armazenamento da informação não crítica é avaliado como sendo superior a 650.000 dólares, anualmente.
“Compreender e reconhecer que existe uma cultura de acumulação de dados é um primeiro passo para resolver o problema”, disse em documento enviado à imprensa Ben Gibson, CMO da Veritas.
“Cada vez mais organizações estão a aperceber-se disso. O problema que a maioria enfrenta é não saber com que dados começar, quais os riscos envolvidos e onde descobrir o valor. Depois de terem essa visibilidade do ambiente, podem tomar decisões mais rápidas, com maior confiança, e apresentá-las às partes interessadas para avançar com um plano bem concebido”.
O ‘Global Databerg Report’ da Veritas oferece perspetivas de mais de 2500 profissionais de TI de 22 países. O relatório sucede a apresentação pela empresa do Data Genomics Index, a primeira visão exata da composição dos dados empresariais, baseada na análise de milhares de milhões de ficheiros.
O Data Genomics Index revelou que mais de 40% dos dados armazenados não foram tocados durante mais de três anos e são considerados “velhos”.
O Global Databerg Report confirma que os líderes de TI estão cientes deste problema. Estes dois estudos, inéditos no setor, conjugam a perspetiva dos funcionários com a realidade do sistema de ficheiros, e espera-se que juntos possam ser um catalisador para que as organizações finalmente deem uma resposta à dinâmica do crescimento dos dados a que estão a assistir.
Segundo o Global Databerg Report, por todo o mundo, em média, 52% de todos os dados armazenados são dados obscuros. Os dados obscuros podem ser redundantes, obsoletos ou triviais (ROT) ou dados empresariais limpos valiosos.
Os piores em matéria de dados obscuros são a Alemanha, o Canadá e a Austrália, com respetivamente 66%, 64% e 62% dos dados armazenados definidos como sendo obscuros, deixando os E.U. numa posição média com 54% dos dados considerados desconhecidos. A maior proporção de dados empresariais críticos, limpos e identificados, foi encontrada na China (25% limpos), Israel (24% limpos) e Brasil (22% limpos). Mas isto continua a significar que mais de 75% de todos os dados armazenados são obscuros ou não têm valor para a empresa.
Os dados ROT já foram identificados pelas organizações como redundantes, obsoletos ou triviais, e têm pouco ou nenhum valor para a empresa. Mas 48% de todos os dados armazenados na Dinamarca, 44% na Holanda e 43% de todos os dados nos Emirados Árabes Unidos pertencem a esta categoria. Nos E.U., 30% dos dados são dados ROT.
A adoção do armazenamento e do processamento na cloud deverá aumentar mais de um terço durante 2016 de 33% para 46%, com o Brasil e os E.U. a liderar, prevendo-se que em média 61% dos dados estarão na cloud até ao fim do ano. Embora a força motriz, a curto prazo, seja a redução de custos, existe uma crescente preocupação com os custos futuros de um “aprisionamento” – empurrar os dados para a cloud poderá apenas distanciar o problema, aumentando os dados obscuros e não classificados.
As empresas também pagam pelo armazenamento de dados que não têm valor para elas. Em média, 26,5% dos funcionários armazenam dados pessoais nos seus dispositivos de trabalho. Em face de uma tão grande quantidade de dados obscuros, as TI não podem distinguir quais os dados que têm valor e quais os que são apenas “vídeos de gatos”.
Não compreender o que está a ser armazenado em redes empresariais é muito arriscado e não deixa margem para “negações plausíveis” na eventualidade de uma investigação regulatória ou criminal. Mais de 25% dos funcionários armazenam dados pessoais em dispositivos de trabalho, desde documentos pessoais, legais e documentos de identificação (57%), fotos (57%), música (47%), vídeos (33%) e jogos (26%). Pode parecer inocente à primeira vista, mas muitos destes documentos podem violar novas regras de privacidade de dados em jurisdições regionais ou desencadear potenciais problemas de direitos autorais.
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