Analítica e BI perdem terreno na prioridade de investimento

Embora se mantenham no topo, a analítica e business intelligence perderam 10 pontos percentuais entre as prioridades de investimento dos CIO europeus. De 2015 para 2016, esta área passou de cerca de 40% para 30%.

São conclusões do estudo internacional da CIONET “Key European IT Management Trends 2016“, realizado com 2650 responsáveis de 579 organizações em 26 países europeus, incluindo Portugal. No segmento sobre a direção dos investimentos em tecnologia, a analítica e BI voltam a aparecer no topo, como acontece há sete anos, mas a queda este ano é significativa.

Na segunda posição aparecem os sistemas ERP (Enterprise Resource Planning), que têm vindo a manter o seu nível de importância ao longo dos últimos cinco anos enquanto veículos de redução de custos e otimização de processos. Esta área saltou de 5º para 2º entre 2014 e 2015.

O top três fecha com o desenvolvimento aplicacional e de software, seguindo a tendência dos últimos quatro anos e apresentando “um ligeiro aumento.” Neste caso houve uma descida, de 2ª para 3º. De notar que, no caso da analítica e BI, os CIO consideram a área uma prioridade desde 2009, sendo que estava em segundo entre 2006 e 2008. 

Uma curiosidade é que a analítica está em número um na Europa, EUA e Latam, mas em 2º na África e 8º na Ásia.

Outra parte do estudo dedica-se às maiores preocupações de gestão de tecnologias. No topo está o alinhamento entre as TI e o negócio, algo que acontece desde 2014. A Cionet espera que continue a ser uma das principais preocupações das organizações nos próximos anos, já que  continuará a ser encarado como um potenciador de eficiência e produtividade do negócio.

A segunda maior preocupação é com a agilidade do negócio e a velocidade de abordagem ao mercado – questões essenciais para o crescimento do negócio através de vantagens competitivas.

Em terceiro está a produtividade de negócio e redução de custos. “Há um consenso geral quanto ao papel das TI na redução de custos, apesar de em muitas organizações ainda serem consideradas um custo”, diz a Cionet. 

A outra parte do estudo debruça-se sobre a forma como os CIO aplicam o seu tempo. Os resultados apresentaram um elevado nível de dispersão por várias atividades, de entre as quais a Cionet destaca as duas atividades que mais tempo ocupam aos CIO, a nível europeu – Operações de TI e relação com o o LoB (Line of Business). As que menos tempo ocupam aos CIO são as relaões com fornecedores, atividades estratégicas e desenvolvimento de software/aplicacional.

É ainda interessante constatar que o c-level com que o CIO mais se relaciona é com o COO – diretor de operações, seguido pelo diretor financeiro e pelo CEO. O diretor de marketing é aquele com que o CIO menos se relaciona.

As conclusões detalhadas deste estudo da Cionet podem ser consultadas aqui.