Poderá dizer-se que a Alexa é a prima afastada da Siri, da Cortana e do Google Now, que foi dada a conhecer ao mundo no final de 2014, associada ao Echo, ao qual, até agora, estava circunscrita.
Mas com a abertura da sua interface de programação de aplicações (API) a developers externos, a Alexa vai procurar assumir-se como um player de peso na esfera dos assistentes digitais. Diz o jornal britânico The Guardian que a Amazon quer expandir as capacidades da Alexa, integrando-a nos seus dispositivos Kindle, em tablets e ainda difundi-la por muitos outros aparelhos.
Disponibilizando também um conjunto de ferramentas de desenvolvimento de software e um fundo de investimento da ordem dos cem milhões de dólares direcionado para empresas que estejam a desenvolver tecnologias de controlo por voz, a empresa do e-commerce quer tornar a Alexa uma funcionalidade ubíqua integrada numa multiplicidade de aplicações e dispositivos.
O periódico afirma que a Amazon já investiu em sete empresas que estão a desenvolver aplicações assentes na Alexa. O montante não foi revelado.
O vice-presidente dos projetos Echo e Alexa, Greg Hart, disse que o kit de ferramentas de desenvolvimento está a ser disponibilizado, não só a corporações, mas também a programadores amadores.
A AOL Intuit, a StubHub e a Glympse são algumas das empresas que já demonstraram o seu interesse em recorrer à Alexa para potenciar as suas aplicações.
Quantas mais forem as entidades externas à Amazon a abraçar as potencialidades da Alexa, mais benefícios recolherá a empresa norte-americana e mais capacidades conseguirá embutir nos seus próprios produtos. Com a evolução da funcionalidade e, consequentemente, das unidades Echo, através de mais e inovadoras aplicações, a Amazon tentará dar os primeiros passos na dimensão das casas conectadas, um dos ramos da tão falada Internet das Coisas.
O The Guardian aponta que o futuro da Alexa na IoT passa pela sua aplicação, por exemplo, em sistemas inteligentes de iluminação doméstica, controláveis através de comandos vocais.
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