“A literacia hoje deve ir para além de saber ler e escrever e, ainda, para além da literacia digital – saber como utilizar os computadores. A literacia básica da próxima geração deveria centrar-se na programação,” afirmou Jean Philbert Nsengimana, o Ministro da Juventude e TIC do governo de Ruanda.
O arranque do Africa Code Week 2016 coincide com o Fórum Económico Mundial em África, que se realiza em Kigali, Ruanda, entre 11-13 de maio.
O Fórum Económico Mundial estima que o crescimento em África ficará ligeiramente abaixo dos 5% este ano, devido à continuação da crise da economia mundial. O continente africano representa o mercado de consumo digital de mais rápido crescimento e a maior população do mundo em idade ativa. Paralelamente, as empresas africanas debatem-se com dificuldades para preencherem os respetivos postos de trabalho com colaboradores que possuam as competências digitais adequadas. Apenas 1% dos jovens africanos saem da escola com as competências básicas de programação.
Os workshops do Africa Code Week 2016, para os grupos de jovens com idades entre os 8-11 e os 12-17 anos, serão baseados em Scratch, uma plataforma de aprendizagem desenvolvida pelo MIT Media Lab, que simplifica os conceitos de programação. Os alunos irão aprender noções básicas de programação e a programar as suas próprias animações, questionários e jogos. Para os jovens com idades entre os 18 e os 24 anos será oferecido um workshop designado “Introdução às Tecnologias Web” (para HTML, CSS, Javascript, PHP, SQL), que lhes irá garantir uma compreensão básica da arquitetura típica de um website, enquanto lhes é ensinado como criar, de forma operacional, um website mobile-friendly.
O Africa Code Week 2016 será organizado pela SAP e centenas de parceiros, abrangendo os governos locais africanos, organizações sem fins lucrativos, ONG’s, instituições de ensino e empresas, incluindo o Centro de Ciência de Cape Town, o Galway Education Centre, a Google, a AMPION, a Fundação King Baudouin e a ATOS.
“As competências de programação são a base do sucesso da economia digital,” afirmou Frank Cohen, presidente da SAP Europa, Médio Oriente e África. “O Africa Code Week é uma iniciativa que vem colmatar o défice de competências em África, capacitando os jovens para carreiras de sucesso e apoiando as empresas para o crescimento sustentável. Estamos orgulhosos de sermos a ponta de lança desta iniciativa, trabalhando em conjunto com centenas de parceiros, locais e internacionais, quer do sector público como do privado”.
Os 30 países onde decorrerá a iniciativa são: África do Sul, Argélia, Angola, Benin, Botswana, Camarões, Costa do Marfim, Djibouti, Egito, Etiópia, Gâmbia, Gana, Lesoto, Madagáscar, Malawi, Marrocos, Moçambique, Namíbia, Nigéria, Quênia, República do Congo, Ruanda, Senegal, Suazilândia, Tanzânia, Togo, Tunísia, Uganda, Zâmbia e Zimbabué.Será fundamental a formação de milhares de professores, pais e educadores nos 30 países africanos para o sucesso do programa. Entre o lançamento de hoje e o início do Africa Code Week 2016, em outubro, a SAP irá conduzir milhares de sessões de formação de formadores para os preparar para a iniciativa. Além disso, o acesso a cursos online na plataforma openSAP permitirá ainda mais escala e impacto.
Participação Esperada Largamente Ultrapassada em 2015
O Africa Code Week – a maior iniciativa de literacia digital alguma vez organizada no continente africano – foi lançado pela SAP e os seus parceiros em 2015, com o objetivo de treinar mais de 20.000 jovens em 17 países africanos. O objetivo foi largamente ultrapassado, ao tornar possível a introdução à programação a 89.000 jovens através de 1.500 formadores em 17 países durante 10 dias. O Africa Code Week recebeu o prémio C4F (na categoria “Educação do Futuro”) do Fórum Mundial de Comunicação, que decorreu em Davos, a 8 de março de 2016.
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