Ações da Lenovo descem depois de corte no rating
A Lenovo, que anunciou investimentos na ordem dos cinco mil milhões de dólares no último mês, teve a maior queda em cinco anos, em Hong Kong, depois de, pelo menos, cinco agências de rating terem cortado as suas ações.
A empresa chinesa caiu 16 por cento, para 8,41 dólares de Hong Kong (cerca de 0,80 euros), cortando 2,2 mil milhões de dólares do seu valor de mercado, a maior queda desde janeiro de 2009. A maior fabricante de computadores pessoais do mundo, segundo a Bloomberg, viu o seu rating cortado pela UBS AG, Morgan Stanley, Jefferies Group, JI-Asia Research e Kim Eng Securities.
o CEO Yang Yuanqing anunciou os dois maiores negócios da história da empresa numa semana, enquanto procura fazer crescer a queda global do envio de PC. A compra dos servidores low-end x86 da IBM traz novos clientes corporate à empresa, enquanto o negócio seguinte, a compra da Motorola à Google, foi criticado por adicionar um negócio não lucrativo com vendas baixas.
“Esperamos um impacto negativo no lucro de rede da Lenovo, pelo menos a curto prazo, com a aquisição da Motorola Mobility”, afirma Grace Chen, analista da Morgan Stanley, no seu relatório do dia 31 de janeiro. “Vai levar algum tempo até que a Lenovo comece a lucrar com o negócio”.
Arthur Hsieh, analista na UBS, escreveu no seu relatório de três de Fevereiro, que a compra da Motorola Mobility era “um mal necessário” para ajudar a Lenovo a aumentar a sua presença nos Estados Unidos e aumentar o seu portfólio de patentes.
Ainda assim, espera-se que a Motorola Mobility perca dinheiro nos próximos três anos fiscais e isso vai pesar nos lucros da Lenovo, explica Hsieh para o corte nas ações para “neutro”, descendo a perspetiva do preço dessas mesmas ações para 10,30 dólares de Hong Kong.