Microsoft reduz 1.850 postos de trabalho
O mais recente recuo no mercado de telemóveis irá custar cerca de 650 milhões de libras à Microsoft
A Microsoft irá anunciar uma grande redução de postos de trabalho no seu atribulado negócio de smartphones à medida que a empresa parece continuar a sua reinvenção após a partida do antigo CEO Steve Ballmer, que arquitetou a aquisição da Nokia.
Cerca de 1850 postos de trabalho irão desaparecer na Microsoft numa mudança que irá custar à empresa cerca de 950 milhões de dólares, incluindo 200 milhões de dólares em indemnizações por despedimento.
O CEO da Microsoft, Satya Nadella, afirmou que esta mudança irá permitir à empresa focar-se nos seus esforços em termos de “diferenciação” – com iniciativas que valorizam a segurança, a viabilidade e a capacidade, e os consumidores que valorizam as mesmas práticas. “Continuaremos a inovar os nossos dispositivos e os nossos serviços de cloud em todas as plataformas móveis.”
Mudança total
Os cortes irão afetar cerca de 1350 postos de trabalho na Microsoft Mobile na Finlândia e 500 postos de trabalho em diversos locais pelo mundo.
A Microsoft afirma que a maioria da restruturação será concluída até ao final do ano, e totalmente concluída até ao final do ano fiscal em julho de 2017, sendo que os pormenores desta operação serão divulgados no próximo relatório financeiro em julho.
A história mais recente desta lamentável saga teve início com a aquisição do negócio de smartphones da Nokia por parte da Microsoft num valor de 4,6 mil milhões de libras em 2014.
Após diversos dispositivos Windows Phone com pouca aceitação em termos de mercado, a Microsoft pretende recuperar com o negócio desta semana relativo à venda do seu negócio de telefones à subsidiária da Foxcoon, FIH, e à empresa finlandesa recentemente criada, HMD global, por 350 milhões de dólares.
Prevê-se que lendária marca Nokia regresse à indústria de smartphones após o seu afastamento aquando da aquisição.
No entanto, a Microsoft continua a afirmar que mantém o seu compromisso relativamente ao Windows 10 em dispositivos móveis, e tem desenvolvido novos smartphones que funcionam com esta plataforma. A empresa sugeriu também que o primeiro telefone “Surface” será lançado em 2017.
De acordo com a Kantar Worldpanel, a Windows representa 6,2 por cento do mercado de smartphones no Reino Unido e 4,9 por cento das vendas nos cinco maiores países europeus.