PME mais dependentes da tecnologia
A falta de competências digitais foi uma das principais barreiras para as pequenas e médias empresas nacionais no último ano, mas os níveis de confiança e preparação para o futuro estão a aumentar.
A Sage lançou o estudo global “Pequenos negócios, grandes oportunidades?”, através do procurou compreender melhor os efeitos globais da pandemia nas PME e quanto foram afetadas a nível tecnológico.
“A pandemia impulsionou a evolução tecnológica – a tecnologia foi um fator imprescindível para as empresas poderem assegurar a continuidade de negócio e ultrapassar dificuldades nunca antes enfrentadas, como os confinamentos obrigatórios” revela o estudo.
No entanto, se algumas empresas já estavam preparadas para os desafios tecnológicos que a pandemia trouxe, “outras tiveram de se adaptar e rever as suas prioridades neste campo”.
O estudo da Sage revelou que 59% das empresas portuguesas inquiridas considera estar mais dependente de tecnologia após a pandemia.
Por outro lado, face a este cenário tecnológico em constante crescimento, para 11% das PME “a falta de competências digitais foi uma das principais barreiras” que impactou o negócio nos últimos 12 meses.
Contudo, as PME inquiridas revelam-se “bastante otimistas” quanto ao futuro. Assim sendo, 68% estão confiantes quanto à melhoria das capacidades digitais da sua equipa ao longo do próximo ano, e 59% sentem-se mais preparadas, agora, para lidar com novas tecnologias.
O mesmo estudo da Sage dá ainda conta que quase metade (49%) das PME inquiridas revelou, também, que espera aumentar o seu investimento em tecnologia nos próximos 12 meses, contra apenas 9% que indicaram, pelo contrário, pretender reduzir este investimento.
As empresas que vão apostar mais em tecnologia indicam que os objetivos principais deste investimento são tornar-se mais rentáveis (48%), economizar tempo (44%) desenvolver melhores relações com os clientes (42%) e diversificar a sua oferta (33%), entre outros.
Quando questionadas sobre as áreas em que mais pretendem investir neste âmbito, indicam marketing e publicidade (36%), o seu próprio website (29%), vendas e CRM (23%), e-commerce (20%) e hardware de TI (20%).
Josep María Raventós, Country Manager da Sage Portugal, comentou: “Com uma amostra significativa de decisores das PME a considerar aumentar anda mais o seu investimento em tecnologia ao longo do próximo ano, existe um consenso esmagador de que esta tendência veio para ficar”.
Na realidade, “a tecnologia desempenhou um papel fundamental junto das empresas portuguesas durante a pandemia, ajudando-as a ultrapassar os obstáculos que enfrentavam – por isso, talvez não seja surpreendente que a maioria das PME considere que este período aumentou, de forma permanente, o seu grau de dependência na tecnologia”, disse ainda o mesmo responsável.