Ocupantes da região EMEA aceleram planos de investimento em TI na sequência da Covid-19
O inquérito EMEA Occupier Flash Survey 2020, realizado durante os meses de abril e maio pela CBRE, consultora imobiliária líder a nível mundial, junto de ocupantes da região EMEA, evidencia a intenção destes de aumentar o investimento em tecnologia devido à COVID-19.
Com 92% dos inquiridos a prever um aumento na adoção do trabalho remoto, o investimento em tecnologia de suporte ao teletrabalho, tornou-se prioritário. Um total de 45% dos inquiridos prevêem adotar tecnologias sem toque nos edifícios, e 41% demonstraram um forte interesse em edifícios WELL – certificação que avalia a relação entre o edifício e o bem-estar dos seus utilizadores – e outros recursos sustentáveis.
Embora o foco no investimento em produtos e serviços tecnológicos tenha sido recentemente desviado para apoiar o modelo de teletrabalho e a preocupação com o bem-estar dos ocupantes dos edifícios, o investimento em tecnologia era já o centro da estratégia dos ocupantes antes da pandemia. Antes do surgimento da COVID-19, já 83% dos ocupantes da região EMEA pretendiam aumentar o investimento tecnológico no sector imobiliário, 91% esperavam que a realidade virtual/ aumentada integrasse o investimento em tecnologia em imobiliário corporativo e 21% estavam dispostos a pagar um valor extra, acima de 20%, por edifícios inteligentes.
As práticas de teletrabalho, juntamente com edifícios de alta qualidade na vertente tecnológica, é uma tendência já identificada no CBRE Global Outlook 2030 (lançado em abri deste ano), que abordou a importância da tecnologia para uma experiência de elevada qualidade para os colaboradores na sede das empresas: escritórios estilo club house fundamentais para atrair e reter talento.
Cristina Arouca, diretora de Research da consultora em Portugal, afirma que “No período de perturbação provocada pela pandemia da COVID-19, a importância no investimento em tecnologia mantem-se central para todos os ocupantes. Embora, atualmente, o foco esteja no apoio ao trabalho remoto e na utilização da tecnologia para garantir o distanciamento social e a aplicação das medidas de higiene necessárias; a longo prazo, prevê-se que a estratégia em curso antes desta pandemia, focada na utilização de tecnologia para melhorar a experiência dos colaboradores, seja novamente integrada nos planos de negócio”.
Nick Wright, senior director, strategic consulting, realça que “O investimento em edifícios inteligentes passou de “nice to have” para “must have” nas estratégias dos ocupantes, pois é essencial para a redução do risco de transmissão do vírus nos escritórios e para motivar a confiança dos colaboradores nos seus locais de trabalho. Na medida em que a utilização de tecnologia integrada de recolha de dados para a tomada de decisão, se tornou mais frequente, prevemos que os ocupantes valorizem, cada vez mais, este tipo de investimento. Edifícios verdadeiramente digitais, com sistemas de hardware e software conectados, ajudam a aumentar a eficiência operacional, reduzir custos, beneficiar a experiência dos colaboradores e melhorar a produtividade. Deste modo, o valor da tecnologia integrada vai muito além dos problemas de saúde atuais”.