Doutor Finanças avança dicas para poupar mais durante o período de quarentena
O Doutor Finanças, empresa especializada em finanças pessoais e familiares, considera que a atual situação de emergência devido ao Coronavírus, pode ser o momento ideal para rever os encargos financeiros para poder poupar mais.
“Este período excecional de quarentena está a criar grandes desafios às famílias. Muitas pessoas viram os seus rendimentos diminuídos por estarem em lay off ou porque tiveram de recorrer às medidas extraordinárias de apoio do Governo aos trabalhadores. Neste contexto é muito importante encontrar formas adicionais de poupança para poder ter alguma folga orçamental. Ao estarmos em casa existem alguns gastos que deixamos de ter, como é o caso das deslocações para o trabalho ou as refeições fora, mas também pode ser a altura ideal para revermos alguns dos nossos encargos, como créditos, seguros, pacotes de televisão ou serviços de subscrição, entre outros. Agora mais do que nunca é importante ter um plano de poupança”, refere Rui Bairrada, CEO do Doutor Finanças.
O especialista em finanças pessoais recomenda traçar um orçamento familiar inicial. Em primeiro lugar, devemos definir o valor que queremos colocar de parte para a nossa poupança, depois enumerar todas as nossas despesas mensais. A partir daí, conseguimos perceber onde conseguimos poupar.
Poupar na prestação do crédito habitação
Caso o spread no nosso crédito seja superior a 1,4%, esta é provavelmente uma excelente altura para saber se existem bancos que oferecem melhores condições relativamente a esta taxa. Reduzir a prestação mensal do crédito habitação é possível graças à transferência de crédito. Dependendo de cada caso, pode ser uma oportunidade interessante para obter melhores condições.
A maior vantagem é poder ter um crédito com uma prestação mensal mais baixa. Ao ter uma nova proposta, temos a oportunidade de reavaliar outros produtos que não utilizamos ou que vale a pena repensar, como cartões de crédito, as coberturas dos seguros de saúde e outros que tivemos de adquirir no momento do crédito e que nos impedem de fazer uma poupança significativa.
Rever apólices de seguros
Estar em casa pode também ser uma oportunidade para rever as apólices dos seguros. Seja de saúde, do carro, da casa, de equipamentos ou mesmo de vida. Ainda no que diz respeito ao crédito da casa, é possível manter o crédito habitação na atual entidade bancária e mudar os seguros para outra entidade. Só esta ação poderá ajudar a reduzir os encargos mensais. Esta prática pode ser sempre delegada em intermediários financeiros, como é o caso do Doutor Finanças, que gratuitamente ajudam a perceber qual a melhor alternativa para cada situação.
Rever os créditos ativos
Se tem vários créditos, como por exemplo, um crédito para o computador ou algum eletrodoméstico e ainda cartões de crédito, é natural que, especialmente nesta fase, o bolo de todas as prestações pese no orçamento. No entanto, saiba que pode poupar se juntar todos os créditos num só através da consolidação dos mesmos. Este processo ajudará a conseguir uma folga orçamental ao final do mês.
“A poupança gerada pode ser usada para criar um fundo de maneio para lidar melhor com a atual emergência e para acautelar possíveis imprevistos. Contudo, também pode colocar uma parte de lado para amortizar os seus créditos. Ao fazê-lo, conseguirá livrar-se mais rapidamente destas dívidas e diminuir bastante o total de juros pagos”, adianta o responsável.
Rever o pacote de telecomunicações?
Podemos aproveitar o facto de estar em casa para rever todos os nossos canais de televisão. Provavelmente não utilizamos todos. A solução pode passar por olhar para a fatura de telecomunicações e saber exatamente que canais temos, qual a velocidade da internet e qual o período de fidelização e reavaliar as suas reais necessidades para esta fase. Com essa base, é possível rever as atuais condições contratuais e, quem sabe, fazer mudanças que podem gerar acréscimos de poupança no final do mês.
Há que ter em atenção os períodos de fidelização. Se ainda estiver dentro deste período, é possível que não consiga fazer alterações aos contratos. Por isso, o melhor é entrar em contacto com a sua operadora.
Ainda assim, o Governo legislou de forma a permitir que uma família que tenha visto os seus rendimentos diminuírem em 20% ou ter sido afetada pelo desemprego pode romper com o contrato de telecomunicações sem que tenha de compensar o fornecedor. Esta medida é temporária e só visa ajudar as famílias a superarem esta fase.
Também deve rever as condições da sua internet. Nesta altura e em teletrabalho, é natural recorrer mais a este serviço. O melhor é fazer uma pesquisa e comparar as várias ofertas, de modo a escolher aquela que melhor se adapta às necessidades da sua família.
Rever subscrições de serviços?
Serviços de streaming – seja de filmes, séries ou música -, ginásio, serviços de mobilidade partilhada, entre outros. Hoje em dia, a subscrição de serviços está à distância de pequenos cliques. É natural que percamos a conta àqueles que temos.
Nesta altura, é importante manter alguns destes serviços para nos “distrairmos” e há até canais que estão a oferecer as mensalidades durante este período excecional. Contudo, a recomendação do Doutor Finanças vai no sentido de avaliar os que são mesmo essenciais e quais pode cortar, reduzindo assim as suas despesas.
Como gerar ainda mais poupança?
Além de poder aumentar o seu fundo de emergência com a poupança obtida, existem também outras opções que podem gerar ainda mais poupança. Pode aplicar parte desse montante num depósito a prazo, por exemplo. Apesar da sua rentabilidade não ser muito alta, atualmente, os depósitos a prazo são produtos seguros de capital garantido.
Outra opção é um plano poupança-reforma, os conhecidos PPR. Mesmo que ainda esteja longe da idade da reforma, isso não é motivo para deixar de pensar nela. Aliás, o início da vida profissional é um momento muito importante para planear e preparar a reforma.
Pode também apostar num seguro de vida ou num seguro de saúde. Em situações mais críticas a nível financeiro, o seguro de saúde tende a ser considerado como uma despesa dispensável. No entanto, as possíveis consequências da desistência deste tipo de serviço podem não ser agradáveis, uma vez que um imprevisto de saúde pode deixá-lo numa situação ainda mais frágil.