Computadores: recuperação do mercado ainda está longe
Depois da IDC, a Gartner também divulgou os números do mercado mundial de computadores no segundo trimestre. A consultora contabilizou 64,3 milhões de unidades enviadas para as lojas, o que representa um declínio de 5,2% em relação ao mesmo período do ano passado.
São dados próximos dos divulgados pela IDC, que aponta para 62,4 milhões de computadores e uma quebra de 4,5% – ainda assim, melhor que o esperado. A Gartner, por seu lado, sublinha que se tratou do sétimo trimestre consecutivo de quedas neste mercado.
Ambas as consultoras apontam para uma ligeira recuperação do mercado. “Um dos problemas do mercado de computadores tem sido o aumento dos preços nalgumas regiões, devido ao enfraquecimento das moedas locais contra o dólar”, explica Mikako Kitagawa, analista da Gartner. “A questão do preço teve impacto nas regiões da EMEA e América Latina no último ano. No entanto, o declínio tornou-se mais modesto no segundo trimestre em comparação com trimestres anteriores, o que sugere que o impacto cambial está a desvanecer-se.”
Todas as regiões declinaram salvo a América do Norte. A América Latina, diz o relatório, está a ser particularmente afetada pela instabilidade política e económica. As vendas deverão cair para menos de cinco milhões de unidades neste período, o que representa um tombo de mais de 20% em relação a 2015. Será um recorde negativo, salienta a Gartner.
No que toca a marcas, é consensual: a Lenovo está em primeiro, apesar de ter vendido menos computadores. A HP regressou ao crescimento, depois de estar um ano a cair, e manteve-se em primeiro lugar na Europa. Nos Estados Unidos. domina a Dell.
Asus, Apple e Acer lutam pela quarta posição, com quotas de mercado muito próximas.
“Embora os fabricantes e canais tenham expectativas mais optimistas acerca da venda de computadores em comparação com o passado, ainda é possível que os inventários sejam excessivo. Isto depende de como a procura no mercado de PC evolui na segunda metade do ano, tanto para os segmentos de empresas como de consumo”, refere Kitagawa. A analista disse também que há agora uma oportunidade de refrescamento nas empresas devido ao Windows 10, que deixará de dar updates gratuitos no fim deste mês.