Os perigos de continuar a usar Windows XP dois anos depois
O suporte ao Windows XP terminou em abril de 2014, mas a sua utilização continua a ser expressiva: estima-se que um em dez computadores em todo o mundo ainda corra XP.
É um perigo, diz a especialista em segurança Eset. A migração massiva para versões mais recentes do sistema da Microsoft não foi imediata: em abril de 2014, 27,7% de todos os computadores usavam Windows XP, e um mês depois apenas 2,4% tinham feito o upgrade para Windows 7 ou Windows 8.1.
“Embora apenas com uma fração da sua quota de mercado original, 8-11% globais e um pouco mais elevado em mercados emergentes, o Windows XP continua a ser usado,” afirma Aryeh Goretsky, investigador da Eset.
A empresa de segurança explica porque é que é perigoso continuar a utilizar o XP:
- Sem atualizações, o PC fica vulnerável a todo o tipo de códigos maliciosos que podem roubar ou danificar os dados e informação pessoais.
- Estas falhas de segurança não colocam apenas os dispositivos do utilizador em risco. De acordo com o investigador da ESET, computadores que usam o XP “podem servir de trampolim para atacar outros sistemas”.
- A Microsoft cessou também o suporte de antigas versões do Internet Explorer em janeiro de 2016, incluindo a versão 6.0, que vem incluída nativamente com o XP.
- Além disto, outros vendedores de software estão também lentamente a abandonar a plataforma, sendo um dos casos mais expressivos a Google com o Google Chrome. “Estas plataformas antigas carecem de atualizações de segurança críticas e estão sujeitas a ataques por vírus e malware,” pode ler-se num texto que anuncia o fim do suporte do Chrome para XP e outros sistemas operativos antigos.
- Este não será provavelmente o último vendedor a tomar uma decisão semelhante. O número de empresas a abandonar o XP apenas irá crescer.
Aryeh Goretsky também publicou um estudo aprofundado sobre o último sistema da Microsoft, “Windows 10: Should you go there?”, que pode servir a quem procura alternativas para o Windows XP.