Cetelem revela que consumo cooperativo ganha força na Europa

Para além disso, a ideia de consumo cooperativo onde os consumidores se agrupam para ter mais peso junto dos distribuidores e fabricantes já não é muito recente: as associações de consumidores existem por todo o lado na Europa há década”.

O consumo cooperativo já não é recente, porém, com a crise instalada é cada vez mais recorrente. Numa análise realizada pelo Observador Cetelem, esta tendência surge mais vincada nas intenções de comportamento de consumo dos portugueses. A verdade é que 75% afirma que pretende fazer trocas de produtos ou serviços nos próximos anos e 81% que tenciona recorrer a websites de compras de grupo.
 
A moda da compra em grupo foi democratizada por websites como o da Groupon, que permite aos consumidores beneficiarem de valores atrativos, desde que seja constituído um grupo de compradores alargado. Em Portugal, apenas 43% dos consumidores afirma que não utiliza este tipo de serviço. Num futuro próximo, somente 19% não pretende aceder a websites deste género.
 
No entanto, o consumo colaborativo assume outras formas e é, ainda, considerado uma prática marginal na Europa: 17% dos inquiridos declarou já ter permutado serviços de reparação, embora 40% admita que nunca o fará. Quanto à adoção desta prática no futuro, perto de um terço dos europeus admite que poderá começar a fazê-lo.
 
Diogo Lopes Pereira, diretor de marketing do Cetelem, sublinha que “Em termos de solidariedade, de sociabilidade e de responsabilidade, os consumidores estão mais do que nunca interessados na ideia de partilha, mesmo que o seu interesse incida ainda maioritariamente em produtos de utilização ocasional. Para além disso, a ideia de consumo cooperativo onde os consumidores se agrupam para ter mais peso junto dos distribuidores e fabricantes já não é muito recente: as associações de consumidores existem por todo o lado na Europa há década”.