Cisco e IEFP juntos para dar competências no sector das TI

A Cisco e o Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP) assinaram ontem, dia 21 de julho, um Memorando de Entendimento, cujo objetivo é a criação de uma academia Cisco nos centros de formação do IEFP. A cerimónia contou com a presença do ministro da Solidariedade, Emprego e Segurança Social, Pedro Mota Soares.

O protocolo, que foi assinado por Jorge Gaspar, presidente do Conselho Diretivo do IEFP, e Sofia Tenreiro, diretora-geral da Cisco Portugal, visa estender a Academia de Networking da Cisco ao sistema formativo português. O programa está presente em Portugal desde 1999, e desde então oferece formação gratuita na área das Tecnologias de Informação, num esforço para melhorar as perspetivas de entrada no mercado de trabalho dos formandos. Como explicou Nuno Guarda, diretor de Corporate Affairs da Cisco, “é dirigido a estudantes com múltiplos perfis académicos, mas também a desempregados, sem que haja pré-requisitos”.

Com este memorando, os centros de emprego do IEFP vão receber ações de formação que têm como objetivo dar competências técnicas relevantes para o mercado de trabalho atual. A iniciativa pretende chegar a cerca de 7000 pessoas por ano, que, no final dos cursos, vão receber uma certificação reconhecida internacionalmente em tecnologias Cisco.

Pedro Mota Soares, ministro da Solidariedade, Emprego e Segurança Social, acredita que com esta parceria “os formandos passam a ter competências pedidas pelo mercado”, potenciando-se “o encontro entre a oferta e procura de trabalho”.

O IEFP reconhece que em Portugal a oferta de trabalhadores com competências no setor das Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC) fica aquém da procura das empresas. Ana Paula Filipe, diretora de Departamento no IEFP, avançou que no nosso país “a proporção de mão-de-obra em TIC face à mão-de-obra total é de 2,1 por cento, um valor que fica atrás da média europeia, que chega aos 3,4 por cento”.

É neste sentido que surge o protocolo entre as duas entidades, para responder à necessidade de profissionais especializados na indústria tecnológica, numa economia que se tornou incontornavelmente digital. “É preciso ajudar as pessoas a requalificarem-se e as empresas a renovarem-se e digitalizarem-se. A Cisco, através de áreas como a Internet das Coisas, mobilidades, cloud, pretende colocar-se ao serviço da sociedade, para acelerar essa digitalização”, declarou Sofia Tenreiro.

Para já o acordo é válido durante um ano, período durante o qual será realizada uma reunião entre altos representantes do IEFP e da Cisco, a fim de analisar o desenvolvimento do projeto.