Livros da HarperCollins continuam na Amazon
A Amazon e a editora HarperCollins renovaram um acordo que abrange a venda de livros impressos e digitais. Este é o mais recente reforço de uma parceria estabelecida entre a empresa do comércio eletrónico e uma grande editora literária, depois de várias terem sido as críticas ao modelo de venda e de partilha de receitas empregue pela Amazon.
A relação entre a retalhista online e as editoras dos livros que vende não prima pela simplicidade. Frequentemente a Amazon e as suas parceiras literárias embrenham-se em morosos processos judiciais sobre, principalmente, os preços sob os quais são vendidos os livros e a forma como são divididos os lucros resultantes.
Narra o New York Times que em 2014 esta animosidade ficou inequivocamente clara quando a Amazon e a editora Hachette Book Group defrontaram-se, ao longo de meses, por causa de estratégias de preços de e-books.
Consta que durante esta batalha, a Amazon desencorajou a venda dos livros da Hachette, desencadeando tempos marcados por recuos e avanços, ataques e defesas. Esta situação foi posteriormente resolvida quando a Amazon assinou um contrato com a Simon & Schuster e, mais tarde, com a Macmillan Publishers.
Ontem, a HaperCollins emitiu um comunicado no qual afirmava que havia chegado a um acordo com Amazon e que os seus livros continuariam a fazer parte do catálogo da vendedora online.
Consta que a editora literária está a procurar traçar parcerias de distribuição com outras vendedoras para minimizar a sua dependência da Amazon, o que indicia que, apesar de um contrato ter sido assinado, a HarperCollins prefere manter as suas opções em aberto.