Só mesmo se não houver rede
Paulo Carvalho, diretor-geral SAP Portugal, vai mais longe. “Só me desligo completamente se estiver num local sem rede móvel, o que é cada vez mais difícil de acontecer”. Ou seja, basicamente o gestor não consulta o email mas, antes, “o email vem até mim sempre que é necessário”.
Aliás, na SAP o negócio é gerido em tempo real, com aplicações móveis analíticas e na cloud, sendo que este acesso “não requer mais do que um smartphone à mão”.
Mas… e se for necessário agir sobre esses indicadores? “A SAP e os seus colaboradores estão organizados e habilitados para poderem tomar decisões. Felizmente, a SAP em Portugal não depende só da minha atenção e ação, mas sempre que tal é necessário, faço-o”, confessa o responsável.
Mas será que a mobilidade veio acabar com o conceito de férias do gestor? “A questão é saber conciliar as responsabilidades da profissão com a necessidade de descansar e dedicar tempo à família. Esse é um desafio constante que, em certa medida, as tecnologias e a mobilidade vieram, em muito, facilitar. Hoje, é muito mais simples estar atualizado sem que isso signifique o sacrifício do tempo de férias”.
Paulo Carvalho costuma, em agosto, tirar um período de férias mais alargado, de praia e em Portugal. Depois, durante o ano, faz um par de intervalos mais curtos, fora.
O portátil fica em “casa”? “Sim. Aliás, o portátil é cada mais dispensável, mesmo não estando em férias”.
Quanto a gadgets, iPhone, iPad e Kindle estão sempre à mão. “Ler livros e imprensa, ouvir música, fotografia, navegação, etc. Apesar disso, no primeiro dia de férias, fui a uma livraria e comprei quatro livros, que estou a ler”.