Twitter sofre quebra no crescimento do número de utilizadores

A norte-americana Twitter anunciou um abrandamento no crescimento da sua base de utilizadores, numa altura em que as suas tentativas para conquistar o território da partilha de vídeo e de imagem, dominado pelo Instagram e pelo Snapchat, não tiveram o sucesso que se esperava.

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A plataforma de microblogging californiana comunicou ontem que neste primeiro trimestre registou um decréscimo na adesão aos seus serviços, o que representou uma quebra de cinco por cento no crescimento da sua base de utilizadores, comparativamente à taxa de crescimento de 30 por cento do trimestre anterior.

O Twitter tem, com efeito, concentrado grande parte dos seus esforços no redirecionamento da empresa, intentando, assim, conquistar uma nova área de atuação: a partilha de conteúdo multimédia, nomeadamente imagens e vídeos.

Contudo, esta reforma operacional não surtiu os efeitos previstos, tendo em conta que esta estratégia visava, sobretudo, funcionar como chamariz, atraindo uma maior percentagem de utilizadores e, consequentemente, potenciar o crescimento da base de consumidores dos serviços do Twitter.

É, então, imperativo para a empresa que, para além de um maior número de utilizadores, consiga fazer com que estes se mantenham por mais tempo na plataforma, numa altura em que batalha por capital gerado por publicidade mobile e na Grande Rede.

“Wall Street está extremamente focada nesse número de utilizadores”, declarou Thomas Forte, analista na Telsey Advisory Group. “Para o Twitter maximizar o seu valor como investimento precisa de se expor ao máximo de pessoas possível e, eficazmente, capitalizar essa audiência”.

Depois de desvendada a quebra na taxa de adesão, o Twitter viu as suas ações caírem até aos 37,79 dólares, o valor mais baixo desde que se estreou no mercado no ano passado.

Para que o Twitter possa, assim, vingar na esfera da partilha de vídeo e de imagem tem que delinear um plano de ação que vise suplantar o crescente e inequívoco domínio de aplicações como o Snapchat e o Instagram do Facebook. Talvez desta forma, a empresa possa, efetivamente, atingir um maior público e, deste modo, fomentar a adesão aos serviços de que dispõe.