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95% das empresas alterou prioridades tecnológicas devido à pandemia

A pandemia colocou uma grande pressão sobre os profissionais de TI, que são responsáveis pela aceleração do ritmo da transformação digital das suas organizações, por forma a garantir a continuidade do negócio.

Um estudo global The Agents of Transformation[i], realizado pela AppDynamics – empresa pertencente à Cisco e maior fornecedora mundial de soluções de gestão de rendimento das aplicações – concluiu que 95% dos inquiridos alterou as suas prioridades tecnológicas como consequência da pandemia.

Este estudo, recentemente apresentado no evento Cisco Live!, revela como os departamentos de TI estão a facilitar o teletrabalho dos colaboradores, garantindo a disponibilidade de redes e aplicações e reforçando a segurança, ao mesmo tempo que assumem novas funções e responsabilidades.

Stress tecnológico

81% dos profissionais de TI afirma que a COVID-19 colocou os seus departamentos sob a maior pressão tecnológica que alguma vez haviam enfrentado:

  • Seis em cada 10 (61%) sentem mais stress no trabalho do que nunca;
  • A grande maioria (64%) afirma realizar tarefas e atividades que antes não eram da sua responsabilidade.

Acelerar a digitalização

66% dos inquiridos confirma que a pandemia expôs as falhas das suas estratégias digitais, criando a necessidade urgente de acelerar os programas de transformação digital, cujas orientações datavam, em muitos casos, já de há vários anos:

  • 74% dos consultados afirma que os projetos de digitalização que, normalmente, demorariam mais de um ano a ser aprovados, foram-no agora em poucas semanas;
  • 71% assinala que conseguiu implementar projetos de transformação digital em meras semanas, ao invés de meses ou anos.

Dar prioridade à experiência do cliente

88% dos profissionais de TI considera a experiência digital do cliente como a sua prioridade tecnológica primordial. No entanto, não contam com os recursos necessários para realizar esta mudança de prioridades: oito em cada 10 não podem oferecer uma experiência ótima ao cliente devido à falta de visibilidade sobre o desempenho das suas soluções tecnológicas. Os principais problemas identificados nesta pandemia são:

  • A gestão dos picos de tráfego do website (81%);
  • A falta de visibilidade e compreensão unificada sobre o desempenho das soluções tecnológicas e o seu impacto nos clientes (80%)
  • A gestão do tempo médio de resolução com um departamento de TI remoto (70%).

Exigência de recursos e apoio

Os profissionais de TI exigem às suas organizações apoio e recursos específicos para fazer frente aos desafios que se lhes apresentam. 92% considera que o fator mais importante é ter visibilidade e compreensão do desempenho das TI e o seu impacto nos clientes. Outras áreas fundamentais para as quais reivindicam apoio são:

  • Metas e objetivos claros (90%);
  • Dados em tempo real (89%);
  • Autonomia e responsabilidade (88%);
  • Liberdade para experimentar e assumir riscos (87%).

Oportunidade

Apesar da pressão sentida, 87% dos profissionais de TI considera esta situação como uma oportunidade para demonstrar o seu valor na empresa. Oito em cada 10 (80%) afirma que a resposta dada pelas suas equipas durante a pandemia alterou positivamente a perceção das TI dentro da empresa.

Ainda assim, para melhor guiarem as suas organizações durante a crise, necessitam de ter acesso aos dados e maior visibilidade, para tomar decisões mais inteligentes; coordenar-se adequadamente com as estruturas internas e a cultura empresarial; e ainda receber um apoio especial por parte dos fornecedores tecnológicos estratégicos.

“Agentes de Transformação”, necessidade urgente

Em 2018, o relatório sobre os Agentes de Transformação revelou a necessidade de uma nova geração de “tecnólogos” preparados para impulsionar a inovação e a transformação do negócio nas suas organizações. Nessa altura, 45% destes profissionais de elite, conhecidos como Agentes de Transformação, previa uma transformação que levaria 10 anos a concretizar-se.

Como consequência da pandemia, este objetivo não deve ser alcançado dentro de dez anos, senão agora mesmo; e, de facto, 83% dos inquiridos considera que o seu papel como Agente de Transformação é fundamental para que as empresas possam recuperar rapidamente e levar a cabo esta transição de forma imediata e com êxito.

“Os tecnólogos estão a antecipar as necessidades das suas organizações e é agora responsabilidade dos líderes de negócio enviar todos os esforços para lhes proporcionar as ferramentas, liderança e apoio de que necessitam para oferecer as melhores experiências digitais aos seus clientes e colaboradores”, destacou Danny Winokur, diretor-geral da AppDynamics. “A habilidade, a visão e a liderança destes Agentes de Transformação serão determinantes para que as empresas possam superar esta crise excecional e sair dela fortalecidas.”

Redação Silicon

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