O estudo indica que as redes de próxima geração serão determinantes no processo de transformação do setor da saúde, oferecendo maior eficiência nas transmissões num ecossistema de feedback e alertas, mobilidade e uso alargado de aplicações de monitorização remota.
O 5G vai trazer os wearables para o centro dos cuidados de saúde, ajudando no controlo de vários parâmetros da saúde do utilizador de forma remota sem necessidade de deslocação aos hospitais. Além do mais vai permitir consultas online e cirurgias à distância através de robótica.
Entre as principais conclusões da pesquisa, destaque para a descentralização dos cuidados de saúde, que deixam de ser efectuados nos hospitais e passam a ser em casa de cada paciente, via wearables que necessitam de redes fiáveis e seguras, como o 5G irá proporcionar. A verdade é que isso conduzirá também um crescente volume de dados transformando os hospitais e instituições de saúde em verdadeiros data centers.
O acesso imediato aos dados dos pacientes e o aumento da utilização da internet estão a definir a forma como os players não tradicionais estão a revolucionar o setor dos cuidados de saúde, refere o relatório.
De acordo com a Ericsson, as operadoras de telecomunicações vão ter um papel de grande importância na transformação da saúde, não só como provedores de rede 5G, mas também como facilitadores e criadores de serviços. 86% dos decisores sentem que as telecoms precisam ir além da conectividade, assumindo maior responsabilidade, fornecendo integração de sistemas e desenvolvimento de aplicações e serviços.
No entanto, para que esta transformação seja bem-sucedida, é necessária colaboração entre os diferentes players do mercado. Os inquiridos consideram que empresas como a Apple, o Google, a Microsoft e a IBM, telecoms e os desenvolvedores de aplicações estão entre os principais parceiros preferenciais para os cuidados de saúde.
A verdade é que as companhias de seguros também vão ter uma palavra nesta área visto que para uma maior adoção de wearables, além da recomendação dos médicos, é preciso que os mesmos sejam aceites pelas seguradoras. Assim, para que os tratamentos e cirurgias remotas se tornem mainstream, é preciso que os seguros de saúde cobram essas intervenções.
O relatório foi elaborado a partir de um inquérito online a 4.500 utilizadores de banda larga móvel na Alemanha, Japão, Coreia do Sul, Reino Unido e Estados Unidos da América, e ainda de um inquérito efetuado a 900 responsáveis por decisões dos mesmos países de empresas de cuidados de saúde, seguros, empresas de tecnologia médica, operadores de telecomunicações, empresas de desenvolvimento de apps ou agregadores e instituições governamentais responsáveis por regulamentação.
Aceda ao relatório completo Ericsson ConsumerLab Healthcare to Homecare aqui.
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