Ericsson e Inmarsat assinam acordo para aplicações marítimas

O acordo prevê o desenvolvimento de serviços, soluções e aplicações que incentivem a conectividade via satélite e a integração de aplicações no sector marítimo. A parceria inclui a integração entre Maritime TIC Cloud da Ericsson e uma conectividade global disponibilizada através da rede de comunicações via satélite da britânica Inmarsat.

Esta solução da Ericsson, Maritime TIC Cloud, faz a ligação entre os navios que estão no mar e as operações em terra, nomeadamente com os fornecedores de serviços de manutenção, os centros de apoio ao cliente, os parceiros de frota, as operações portuárias e as autoridades. A integração com a tecnologia da Inmarsat permitirá uma diminuição do tempo de inatividade dos camiões nos portos, uma diminuição do tempo que a carga passa em trânsito, e um planeamento mais cuidado de todas as expedições por parte dos produtores.

A gigante sueca tem investido bastante neste mercado, visto que mais de 90% da carga mundial é transportada por via marítima e as empresas querem melhorar a eficiência (com menores prazos de entrega, resolução rápida de problemas, etc) bem como a comunicação entre a tripulação e o acesso à internet.

“A Ericsson acredita que a Internet das Coisas tem o potencial de gerar um enorme valor para a indústria marítima”, comenta John Taxgaard, diretor do negócio Marítimo na empresa sueca. “Juntamente com a Inmarsat, vamos desenvolver serviços, soluções e aplicações totalmente integradas, e vamos trabalhar no estabelecimento de standards na indústria marítima para a conectividade via satélite e a integração de aplicações.”

Um anúncio recente nesta área foi o contrato celebrado entre a Ericsson e a U-Ming Marine, uma empresa especializada no transporte de cimento, produtos secos e matérias primas industriais. A Ericsson vai fornecer à U-Ming Marine soluções de conectividade para os navios e soluções de otimização de viagem, incluindo a conectividade via satélite da Inmarsat.

Ronald Spithout, presidente da Inmarsat Maritime, diz que não bata apenas “falar” de Big Data. “Na verdade, é a implementação de aplicações a bordo e a gestão ponta-a-ponta da inteligência integrada que acabará por mudar a forma como a indústria marítima opera, tornando-a mais eficiente, mais ecológica e criadora de maior valor.”

Ana Rita Guerra

Jornalista de economia e tecnologia há mais de dez anos, interessa-se pelas ideias disruptivas que estão a mudar a forma como se consome e se trabalha. Vive em Los Angeles e tem um gosto especial por startups, música, papas de aveia e kickboxing.

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