A revolução para o 5G abrange um panorama heterogéneo de comunicações, com novos requisitos de serviço que procuram conjugar tecnologias potenciadas pela cloud, com os serviços móveis tradicionais. As ambições de desempenho para o 5G exigem maiores volumes de dados, uma latência muito baixa ao nível dos serviços, uma ubiquidade de dispositivos de comunicação, uma massificação da conectividade, uma elevada fiabilidade e a redução do consumo de energia. Pretende-se que os sistemas 5G forneçam serviços personalizados, centrados no utilizador, a um preço acessível, num esforço para superar as necessidades sociais fundamentais, em setores como o dos transportes, da saúde e do ambiente. Para endereçar a complexidade destes requisitos de serviços, será indispensável uma nova arquitetura de rede móvel com uma flexibilidade adequada para lidar eficientemente com múltiplos serviços e utilizadores em simultâneo.
Com o 5G NORMA, as principais instituições da indústria e da academia em termos do ecossistema das redes móveis, têm por objetivo assegurar uma posição de liderança da Europa no 5G. A abordagem NORMA afasta-se do paradigma rígido das redes tradicionais, introduzindo a capacidade de adaptação tanto da rede RAN como da rede Core pela adaptação das funções de rede e dos recursos aplicacionais aos requisitos do serviço, considerando as variações da procura de tráfego em função do tempo e da localização, incluindo a capacidade de fronthaul/backhaul.
As entidades envolvidas preveem que a arquitetura do 5G NORMA permita níveis de personalização da rede sem precedentes, para garantir o cumprimento rigoroso de requisitos de desempenho, segurança, custo e energia. Também proporcionará uma arquitetura aberta baseada em APIs, promovendo o crescimento económico através da inovação e do suporte nativo de múltiplos fornecedores.
A abordagem técnica baseia-se no conceito inovador de (de)composição e de atribuição adaptativas de funções de rede, considerando a computação nos extremos das redes móveis e o suporte de múltiplos fornecedores. Ao fazer isso, as funções de acesso e de Core podem deixar de residir em locais diferentes sendo exploradas em conjunto de forma a otimizar o seu funcionamento, sempre que possível. A adaptabilidade da arquitetura é ainda reforçada pelo inovador controlo de rede móvel definida por software e por conceitos móveis multi-operador, sendo sustentada por demonstrações que a comprovam.
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