O índice considera uma abordagem ao longo da vida, avaliando os níveis de educação, de competências e de emprego disponíveis para as pessoas em cinco faixas etárias distintas. O primeiro escalão compreende idades abaixo dos 15 anos e o último, idades acima dos 65 anos. O objetivo é avaliar o resultado de investimentos passados e presentes no capital humano e oferecer uma perspetiva de como a base de talento de um país será no futuro.
Globalmente, Portugal ocupa a 38ª posição, num total de 124 países, registando uma percentagem de 74,5 por cento de desenvolvimento e utilização do capital humano.
Neste estudo considerou-se a população total de Portugal (10,6 milhões de habitantes), sendo que a população com idade ativa (entre os 15 e 64 anos) é cerca de sete milhões de pessoas. Quando o estudo foi realizado, a taxa de participação da força de trabalho era de 60,3 por cento e o índice de desemprego situava-se nos 16,5 por cento.
A idade média dos portugueses ronda atualmente os 41 anos. Já no que diz respeito à população que concluiu o ensino universitário em Portugal, o número ronda um milhão e 300 mil pessoas.
No topo do ranking do “Human Capital Index” encontra-se a Finlândia, com uma pontuação de 86 por cento, a Noruega (2), a Suíça (3), o Canadá (4) e o Japão (5) completam o restante top cinco. Apenas 14 países ultrapassam a fasquia dos 80 por cento.
Entre as grandes economias, a França ocupa a 14ª posição, enquanto que os Estados Unidos se encontram no 17º lugar, com uma pontuação abaixo dos 80 por cento. O Reino Unido mantem a 19ª posição e a Alemanha a 22ª. Entre o BRICS, a Federação Russa regista a pontuação mais alta com 78 por cento, seguida da China em 64º lugar com 67 por cento. O Brasil encontra-se no lugar 78º, seguido da África do Sul e da Índia.
Adicionalmente aos 14 países que alcançaram os 80 por cento de otimização do capital humano, 38 países pontuam entre 70 por cento e 80 por cento; 40 países registam entre 60 por cento e 70 por cento; 23 países encontram-se na faixa entre os 50 por cento e os 60 por cento; e nove países permanecem abaixo dos 50 por cento.
“O talento, e não o capital, será o fator-chave que conjuga inovação, competitividade e crescimento no século XXI. Para realizar algumas das mudanças necessárias no sentido de promover o talento – e consequentemente o seu potencial de crescimento – devemos olhar para além dos ciclos eleitorais dos relatórios trimestrais. Diálogo, colaboração e parcerias entre todos os setores são cruciais para um alinhamento entre a escola, o governo e as empresas neste importante aspeto que é a promoção do capital humano em Portugal”, explica, em comunicado, Diogo Alarcão, country leader da Mercer.
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