Resultante da má publicidade que a Apple gerou, em que a mesma alegou que as fábricas chinesas abusam dos seus trabalhadores, foi reportado que universidades do ocidente europeu gastam mil milhões em equipamentos de IT produzidos por jovens estudantes chineses, que são forçados a trabalhar em linhas de produção durante os seus ditos “estágios”. De acordo com o relatório “Servants of Servers”, publicado pela GoodElectronics Network, tal constitui uma “grave violação” da convenção da Organização Internacional do Trabalho (OIT) sobre trabalho forçado.
O relatório baseia-se em descobertas de uma investigação conduzida numa fábrica de produção de eletrónica da taiwanesa Wistron em Zhongshan, Guangdong, China. A fábrica da Wistron em Zhongshan produz servidores para a HP, Dell e Lenovo “as marcas mais usadas por universidades europeias e instituições de educação superior”, refere o relatório.
Após serem confrontados com as descobertas da investigação conduzida pelo centro de media e pesquisa independente dinamarquesa, Danwatch, a HP e a Dell confirmaram várias violações. As marcas suspenderam temporariamente o uso de estudantes estagiários nas suas linhas de produção da fábrica da Wistron no sul da China.
Segundo consta no relatório, centenas de estudantes chineses estão a ser forçados a completar “estágios irrelevantes”: os estudantes trabalham 10 a 12 horas por dia, seis dias por semana, de um a cinco meses. Têm também de realizar horas extras e trabalho noturno.
Se os estudantes se recusaram a completar os estágios, refere o relatório, os seus diplomas serão recusados. O programa de estágios forçado é considerado trabalho forçado, sendo uma violação às leis laborais chinesas e da Organização Internacional de Trabalho (OIT).
Em 2015, instituições de educação da Europa ocidental gastaram perto de 4,27 mil milhões de euros em hardware, software e serviços de IT, dos quais 461,38 milhões de euros foram gastos apenas em servidores. A HP é a líder de mercado deste setor, refere o estudo, com uma quota de mercado de 28 por cento. A Dell controla 13 por cento e a Lenovo 11 por cento.
Pauline Overeem, da GoodElectronics Network, declarou à ChannelBiz, que “o problema com o trabalho forçado de estudantes é que a indústria da eletrónica é muito difundida na China, Tailândia e Filipinas. É bom saber que a HP e a Dell levam estes sinais seriamente, mas já é tempo das marcas e produtores, de forma geral, terem ações determinantes para garantir condições de trabalho decentes sem qualquer forma de trabalho forçado nos seus fornecedores.”.
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