“Área de seguros em Portugal vive maturidades tecnológicas diferentes”

Em declarações à CIONET, a maior comunidade de executivos de TI na Europa, Gil Salema da Costa, CIO da Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões (ASF), afirmou que as empresas da área de seguros estão em estágios muito diferentes no que diz respeito à implementação de tecnologia.

A CIONET está a realizar várias ações de estudo de mercado em Portugal, cujo objetivo é traçar o estado das tecnologias no país, percorrendo vários sectores e consultando as autoridades máximas dos mesmos. No caso da área dos seguros, a palavra foi dada a Gil Salema da Costa.

Neste momento em Portugal, existem companhias que estão concentradas em migrar os seus sistemas core para plataformas mais recentes, abertas e ágeis. Por outro lado, há empresas que estão focadas “em melhorar experiências de utilização com o objetivo de facilitar a aquisição de produtos complexos, diretamente ou através das redes que possuem”. Outras ainda estão numa fase de “ponderar o equilíbrio da utilização de outsourcing razoável e o insourcing indispensável, tendo em vista a melhoria dos custos de eficiência das suas TI”, explicou o responsável máximo de tecnologia da ASF.

Para Gil Salema da Costa as empresas da área dos seguros estão assim a viver maturidades tecnológicas diferentes, apesar de terem em comum o Solvência II, a nova regulamentação para o mercado segurador europeu que vai entrar em vigor em janeiro de 2016, e a qualidade dos dados como “desafios para resolver a curto prazo”.

No percurso pela inovação tecnológica, o CIO chama também à atenção para o sector da saúde como aquele que maior impacto tem nas empresas seguradoras. Avanços na medicina como a manipulação genética e controlo do genoma ou a redução significativa das dimensões de sensores capazes de capturar informação médica vão trazer “desafios apaixonantes” à área dos seguros, observou em comunicado.

Como dicas para o médio e longo prazos, Gil Salema da Costa diz que as empresas devem colocar-se em posição para agarrar as potencialidades da Internet das Coisas (IoT), dos sistemas de informação geográfica (GIS) e do Big Data, “pelos benefícios que podem trazer em termos de modelos preditivos no suporte à decisão e no desenho e otimização de produtos”.