Opinião – Joseph Reger*
Eles vão precisar de ter, em simultâneo, um bom domínio dos métodos e das tecnologias, bem como conhecimentos específicos da sua área de negócio.
Alguns destes cientistas de dados vão trabalhar para uma nova espécie de empresas cujo único activo é o acesso a vários conjuntos de dados, combin
E o que são exactamente os Big Data? As empresas de armazenamento dirão que é tudo uma questão de ter capacidade suficiente para armazenar todos os nossos dados apesar desta tendência de aceleração – pois todos os bytes são sagrados. Já os fabricantes de servidores dirão que o que faz realmente a diferença é a capacidade de processamento para tratar estes volumes imensos de dados em bruto. E as empresas de software dirão que o mais importante é o software de análise, os algoritmos que analisam os dados armazenados. Seja qual for a verdade, será sempre apenas uma pequena parte de uma grande história.
No fundo, quantos mais dados em bruto se tem, melhores são as hipóteses de tomar uma decisão de
negócio informada. E não tem tanto a ver com a quantidade em si mas sim com o facto de a tecnologia facilitar, cada vez mais, o cruzamento de informações oriundas de diferentes lugares. O que isto significa é que, dentro de poucos anos, se tornará quase impensável não depender de múltiplas fontes de dados para analisar um questionário de clientes, ou para elaborar uma nova proposta de negócio.
Graças à riqueza e varidade dos dados – que não precisam, de modo algum, de estar no mesmo lugar ou até de ter o mesmo formato –, os Governos, por exemplo, terão maior capacidade para lidar com grandes problemas sociais. Os big data facilitarão as previsões ou estimativas, porque haverá dados suficientes oriundos de fontes diversas para permitir uma modelação bastante realista, ao passo que as empresas poderão explorar formas completamente novas de fazer negócio.
Actualmente, os big data são motivo de entusiasmo porque precisamos de compreender como é que a disponibilidade de informação adicional acompanhada de novos métodos de análise nos vão ajudar a explorar novas soluções e oportunidades. E o que torna ainda mais interessante este olhar para o futuro é a oportunidade de combinar os nossos próprios dados com informação adicional oriunda de terceiros. Isto vai ajudar a construir uma imagem muito mais rigorosa e global do futuro.
Imagine a simples combinação de dados da sua conta de Facebook com o seu perfil de compras online: só isto fornece, imediatamente, uma perspectiva muito mais completa sobre as suas preferências e necessidades. Quando começamos a cruzar esses dados com informação adicional de outras fontes – por exemplo, os lugares que visita com maior frequência, de acordo com as actividades das suas redes sociais ou do seu histórico de localizações, rapidamente construímos um perfil tridimensional mais rigoroso que se torna cada vez mais valioso para novos tipos de serviço. Também é perfeitamente evidente que mais valioso se pode traduzir por mais apetecível e, como tal, valerá a pena e será mais necessário ter uma maior protecção de dados.
Pioneiros do novo mundo de dados
Uma das novas profissões que irá emergir será a de cientista de dados, alguém que ajuda asorganizações a navegar através de oceanos de bits e bytes. Os cientistas de dados do futuro serão indivíduos que compreendem como obter o máximo de valor de um conjunto de dados, especialmente no que diz respeito a identificar o output correcto. Eles também terão a capacidade crítica de fazer as perguntas certas para ajudar a validar novas ideias e oportunidades de negócio. Eles vão precisar de ter, em simultâneo, um bom domínio dos métodos e das tecnologias, bem como conhecimentos específicos da sua área de negócio.
Alguns destes cientistas de dados vão trabalhar para uma nova espécie de empresas cujo único activo é o acesso a vários conjuntos de dados, combinados com a capacidade de efectuar uma análise com significado à informação que outros estão ocupados em recolher.