O estudo “Total Compensation Hi-Tech/Telecommunications 2015” contou com 12 mil colaboradores de 34 empresas presentes no mercado nacional, nas áreas de alta tecnologia e telecomunicações. A amostra é constituída por empresas multinacionais (56 por cento) e empresas nacionais privadas (44 por cento).
A investigação concluiu que 29 por cento das empresas quer contratar mais profissionais. É uma percentagem superior à das empresas que pretendem dispensar alguns colaboradores (sete por cento). Mas a maioria (64 por cento) não tem intenções de fazer qualquer alteração ao seu efetivo de colaboradores.
Aumentos salariais
Outro dos pontos avaliados pela Mercer foi os “incrementos salariais”. Na hora de aumentar a remuneração dos trabalhadores, o fator que as empresas indicam como mais preponderante são os resultados da organização, a ser referido por 93 por cento das inquiridas. A inflação vem em segundo lugar, com 68 por cento, seguida pelo desempenho individual (61 por cento). Segundo revela a consultora em comunicado, a antiguidade e o nível funcional são os fatores que menos influenciam a atribuição de um aumento salarial.
Tiago Borges, responsável pela área de estudos de mercado da Mercer Iberia, disse em comunicado que “no que diz respeito aos incrementos salariais por grupos funcionais em Portugal (quadros de direção, chefias intermédias, quadros técnicos e administrativos) tem-se observado que, dentro das organizações, tendem a tornar-se cada vez mais uniformes e indiferenciados, fator que surge em linha com as tendências gerais do mercado”.
A esmagadora maioria das empresas (93 por centro) atribui um bónus anual a todos os colaboradores e 72 por cento atribui um bónus de incentivo de vendas aos funcionários da área comercial, com uma periodicidade trimestral ou mensal.
Benefícios
A grande maioria das empresas do setor das tecnologias e telecomunicações também já oferece um plano médico (94 por cento), com coberturas de hospitalização, parto, medicamentos, assistência ambulatória, estomatologia, óculos e lentes, entre outros. Este parâmetro sofreu um aumento de quatro por cento face a 2014.
Quanto ao Seguro de Acidentes Pessoais, há um menor número de empresas a suportar este custo, ficando-se pelos 53 por cento. Já o seguro de vida é atribuído por 84 por cento das organizações do setor de tecnologias e telecomunicações.
Em relação aos dias de descanso, as empresas participantes mostram-se generosas, com 48 por cento a conceder dias de férias para além daqueles regulamentados por lei. Mas, em relação a 2014, este valor desceu oito por cento.
Já no apoio à família, as empresas são mais atenciosas do que em 2014. Cerca de 20 por cento atribui um subsídio escolar aos filhos dos colaboradores, mais 2 por cento do que no ano passado. Há também mais 8 por cento de empresas a conceder subsídios de creche, o que perfaz um total de 21 por cento das organizações.
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