Constatou-se que houve uma queda significativa, de cerca de cinco pontos, ao analisar a confiança dos mercados locais. Quanto aos problemas contínuos na Europa, 67% das empresas globais afirmam que a crise da Zona Euro teve algum impacto no seu negócio, tendo o número crescido para 90% e 93% nas empresas portuguesas e espanholas, respetivamente.
A título de curiosidade, podemos verificar que estes problemas estão a ser sentidos para além das fronteiras da Europa, visto que 73% das empresas no Brasil, 71% em Singapura, 46% na Malásia e 38% nos Estados Unidos da América declaram que a crise teve ou tem um impacto significativo nos seus negócios.
No entanto, nem tudo são más notícias, sobretudo no que diz respeito às receitas e ao emprego. Nos últimos seis meses, 63% dos inquiridos afirmam que as suas receitas aumentaram ou mantiveram-se inalteradas. Por outro lado, 82% mantiveram ou aumentaram o seu número de colaboradores.
Guy Berruyer, Diretor Executivo do Grupo Sage, ressalta que «ao receber feedback real das empresas, o índice apresenta um quadro incrivelmente preciso acerca de como as PME se sentem, e esse sentimento é o nervosismo. Com a inversão do pequeno aumento na confiança geral sentida no índice de março, estes últimos resultados mostram que as empresas ainda estão preocupadas com as questões económicas globais e locais. Contudo, há aspetos positivos a retirar dos mercados individuais. Os níveis de confiança na América do Norte, no Brasil, no Reino Unido, na África do Sul e na Ásia parecem estar a aumentar ou a manter-se num nível semelhante ao início do ano».
O único país a apresentar otimismo na economia global é o Brasil, com uma pontuação de 50.65, enquanto os países da Zona Euro são os que se sentem mais negativos, com Portugal a registar a pontuação mais baixa de apenas 35.36. Fora da Europa, deparamo-nos com um cenário misto. A África do Sul observou um declínio de 46.11, em Março, para 43.03 e os Estados Unidos da América, por sua vez, também desceram ligeiramente de 49.28 para 47.86.
A diminuição da confiança do consumidor torna-se, agora, uma das principais preocupações, juntamente com o aumento dos custos de energia, do combustível e das matérias-primas e à instabilidade nos mercados locais. Contudo, muitas PME estão a recrutar novos colaboradores, incluindo o Reino Unido (26%), a Alemanha (27%) e o Brasil (40%).
Berruyer conclui que «o positivismo contínuo nos mercados emergentes potencia às empresas da Zona Euro que queiram expandir as suas exportações. No entanto, o declínio contínuo da confiança na Alemanha, a economia da Europa com melhor performance, dá motivos para preocupações. Globalmente, os resultados servem como uma advertência para os governos de que ainda há muito a fazer para apoiar as PME».
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