Inosat vai dispersar mais de 15% em bolsa
Para este ano, de acordo com Jorge Carrilho, o total de contratos angariados deverá atingir os 7,7 milhões de euros, mais 5 por cento que em 2010.
Já a faturação deverá descer para 4,7 milhões de euros e o lucro cair para metade, na ordem dos 400 mil euros.
A Inosat, que atua em três
Em declarações à Lusa, o presidente executivo da Inosat, Jorge Carrilho, adiantou que neste momento estão a “efetuar um aumento de capital com vista à angariação de 1,7 milhões de euros que será seguido da colocação em bolsa”.
No entanto, o momento de entrada em bolsa “ainda não está definido, pois vai depender das condições de mercado”, acrescentou.
“É nossa intenção conseguir fazê-lo durante o ano de 2012 ou o mais tardar em 2013, até porque é uma operação que leva entre seis a nove meses a concluir. A recetividade tem sido muito positiva e já temos vários investidores portugueses, franceses e alemães interessados em investir nesta fase”, explicou Jorge Carrilho, que também é cofundador da Inosat.
Segundo o executivo, o montante da dispersão em bolsa também ainda não está definido, mas “será sempre superior ao valor da dispersão no aumento de capital que está a decorrer, que é de 15 por cento”.
Atualmente, “estamos a avaliar a possibilidade de entrada no Entry Standard (Deutsch Börse) ou no Alternext (NYSE Euronext). A escolha recairá no local onde tivermos maior peso acionista, que poderá ser alemão ou francês, já que ao nível das condições ambos os mercados são semelhantes”, acrescentou.
Para captar investidores, a Inosat vai adotar “uma política de dividendos atraente”, uma vez que esta é “uma medida-chave não só para atrair investidores, mas também para a sustentação do valor das ações” da empresa aquando da sua entrada no mercado de capitais.
“Decidimos torná-la um ponto forte da Inosat, estando previsto o pagamento de dividendos que vão desde 916 mil euros relativos ao ano de 2013, até 7,8 milhões de euros relativos ao ano de 2016”, disse Jorge Carrilho.
A Inosat foi criada em 2000 dentro do grupo HLC, mas posteriormente com a 'bolha' no setor tecnológico, os sócios maioritários fizeram um management buy out (MBO), ou seja, compraram a participação em 2001 passando a deter a totalidade do capital da empresa.
“A Inosat é uma empresa pioneira no setor da telemática com especial destaque para o desenvolvimento de soluções de gestão de frotas baseadas na tecnologia GPS e GSM, localização de pessoas, animais e objetos. A constante aposta na inovação tecnológica, desenvolvendo toda a tecnologia utilizada nos seus produtos, quer a nível de software quer de hardware, tem proporcionado uma grande flexibilidade na adaptação às necessidades específicas dos clientes”, adiantou o responsável.
“Com os nossos sistemas os cliente consegue aumentar a produtividade em mais de 20 por cento, reduzindo os custos com a operação da frota em 30 por cento”, salientou Jorge Carrilho.
No ano passado, a empresa angariou contratos no valor total de 7,3 milhões de euros e obteve uma faturação de 6,5 milhões de euros.
O lucro foi de 868 mil euros. Para este ano, de acordo com Jorge Carrilho, o total de contratos angariados deverá atingir os 7,7 milhões de euros, mais 5 por cento que em 2010.
Já a faturação deverá descer para 4,7 milhões de euros e o lucro cair para metade, na ordem dos 400 mil euros.
A Inosat, que atua em três continentes, num total de 17 países entre os quais o Brasil, Espanha, Angola, Marrocos ou Chile, emprega atualmente 75 pessoas nos escritórios de Lisboa e Portugal.
Em São Paulo a empresa tem seis funcionários, “número que irá aumentar substancialmente durante 2012”, salientou o presidente executivo.
Em Portugal, a empresa prevê manter o número de trabalhadores em 2012.